O presidente do PDT, Carlos Lupi, sinalizou à equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva que deve aceitar conforme Julia Chaib e Danielle Brant, do Jornal de Brasília, o comando do Ministério da Previdência, posto que inicialmente não era atrativo para o partido, que buscava uma pasta com mais visibilidade.
Lupi ficou de dar uma resposta a Lula, com quem deve conversar entre esta quarta (28) e quinta-feira (29) para o petista formalizar o convite e o pedetista dizer se aceita ou não o cargo.
O presidente do PDT vinha conversando com o PT nos últimos dias para tentar negociar uma pasta que pudesse fortalecer o partido para as eleições de 2024 e 2026. A ideia é que fosse um ministério com ação “na ponta”.
Na segunda-feira (26), dirigentes petistas ligaram para Lupi pedindo que aceitasse a Previdência, afirmando que é um desafio para o próximo governo, por ter muitos nós a resolver.
O PDT vinha cobrando do novo governo espaço na Esplanada. Até semana passada, Lupi não havia sido procurado por Lula para discutir qual seria a participação do partido no terceiro mandato do petista.
Nos bastidores, integrantes do PDT temiam ficar para o final da fila na escolha dos ministérios. O objetivo inicial era que a pasta ajudasse o partido a aumentar sua força em nível nacional. O Turismo era tido como boa opção, mas foi oferecido ao União Brasil, após o nome do deputado federal Pedro Paulo (PSD-RJ) enfrentar resistência.
O PDT declarou formalmente apoio a Lula no segundo turno após o petista endossar três propostas de Ciro Gomes, presidenciável pedetista que ficou em quarto lugar nas eleições. Ciro anunciou que acompanharia a decisão do partido, mas, em seu pronunciamento, fez críticas a Lula e não citou o petista.
Durante a campanha, Ciro fez uma série de ataques a Lula, principalmente após a pressão do PT pelo voto útil. Lupi contemporizou e lembrou das divergências entre o ex-governador Leonel Brizola e Lula.
Ciro terminou a corrida com 3,04% dos votos, atrás de Simone Tebet (MDB), que teve 4,16%. Lula recebeu 48,43% dos votos válidos e o atual chefe do Executivo, 43,20%.
Lula já anunciou os chefes de 21 das 37 pastas que vão compor a Esplanada. A expectativa é que o restante dos nomes seja divulgado até quarta-feira (28). No centro do imbróglio, estão ministérios como Cidades e Turismo.