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sexta-feira 25 de outubro de 2019 às 16:07h

Presidente da CPMI: “se Joice depuser e trouxer provas, situação é grave”

POLÍTICA


Presidente da CPMI da Fake News, o senador Ângelo Coronel (PSD) já foi alvo de ameças de morte. O responsável já foi localizado e preso. A crise no PSL e o fim da votação da reforma da Previdência jogaram holofotes na comissão, que tem centenas de requerimentos. A CPMI quer aproveitar a crise no partido do presidente e ouvir desafetos do Planalto, casos de Alexandre Frota, Joice Hasselmann e Delegado Waldir.

“Se eles estão loucos para vir a CPI, venham!” – disse Coronel a revista Veja, nesta última quinta-feira (24).

O senador não quer é que acabe em “pizza” seu trabalho. Na conversa, ele fala em cassação do presidente da República. Mas, para isso, ele mesmo diz necessário ter elementos fortes. Acha que cassar presidente no Brasil virou uma “festa”.

Coronel acha que alguns depoimentos têm potencial. Perguntado sobre o que espera do depoimento de Joice, se ela aceitar o convite, ele respondeu:

“A deputada Joice tem alardeado por aí que tem milícias (digitais) no Palácio. Caberá a ela, se realmente aceitar o convite, falar sobre isso.

Sobre suas revelações atingirem Bolsonaro.

“Se ela fizer um depoimento e trouxer provas, é uma situação grave”.

O senador lembra que um presidente da República pode perder o mandato via Congresso, em caso de improbidade administrativa no mandato, ou pelo TSE, caso de irregularidades na campanha eleitoral.

Coronel acha importante a comissão ouvir Carlos Bolsonaro. O senador Randolfo Rodrigues apresentou requerimento nesse sentido.

“É importante ouvir todas pessoas que estão na mídia, na boca do povo, como influenciadores nas redes sociais. O próprio presidente Jair Bolsonaro disse que ele (Carlos) tomou conta das redes sociais. Então, não vejo nada demais ele ser convocado”.

O senador quer começar já semana que vem os depoimentos. Alexandre Frota será o primeiro desafeto do Planalto a comparecer à CPMI. O deputado já disse que houve uso de milícias digitais na campanha e afirmou que se Luciano Bivar está “queimado” (palavras de Bolsonaro) ele, o presidente, está “carbonizado”.

“Temos que dar celeridade e ouvir as pessoas. Já foram aprovados dezenas de requerimentos. Não podemos é virar CPMI dos Requerimentos. Não vou deixar isso acontecer. Tem gente da oposição e situação que quer termina em pizza. Isso não vai acontecer”.

Ele disse que não é seu feitio pegar alguma missão e não cumpri-la.

“Vamos fazer um marco legal da internet. É um mal do século infiltrado. Vamos criar leis duras para proteger as instituições e a democracia. Não se pode atingir eleições com perfis falsos. É preciso coibir o “cyberbulling”, proteger as crianças que, com sete anos, já tem um smartphone e acesso a conteúdo indevido. Na política, é um negócio orquestrado contra alguém nas redes. Com muita velocidade se destrói reputações, com notícias falsas. Existem robôs, humanos também, que atuam em escritórios e pagos para fazerem esses ataques. Mentiras viram verdades com muita facilidade”.

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