Presidente da CMS divulga carta aberta sobre votação do projeto de mobilidade urbana

O presidente da Câmara Municipal de Salvador, o vereador Geraldo Jr. (SD) divulgou uma carta aberta para falar sobre o momento atual em que se encontra sobre a votação do projeto de mobilidade urbana, pressionado por taxistas e motoristas de aplicativo.

Segue a carata na íntegra:

CARTA ABERTA

Nem tudo é como a gente quer, como legisladores trabalhamos na reserva do possível, e o possível agora é a realização de um projeto da mobilidade urbana, construído juntamente com os 42 vereadores, além deste presidente, buscando sempre o meio termo, levando em conta que estamos lidando com milhares de famílias que dependem, tanto dos táxis, quanto dos transportes por aplicativos.

Aprendi nos bancos da Faculdade de Direito da Universidade Católica do Salvador que a verdade real está na teoria, nós como advogados buscamos a verdade processual que é aquela leva em conta a cooperação e a boa-fé objetiva das partes, para que possamos juntar as partes resistidas.

Um dia a gente aprende que nem tudo é o que gente pensa, nem tudo acontece da forma que queremos e para dar certo temos que nos adaptar à realidade posta. Dito isso, tenho a certeza de que realizei o possível para a cidade.

Não vamos entregar um projeto perfeito, mas quando nos foi dada a missão, absorvi o desafio de sempre, sempre negociar com as partes. Nem um dos lados, nem os condutores de táxi, nem os motoristas dos aplicativos podem reclamar desta Casa, que esteve de portas escancaradas todo o tempo, para as duas partes.

Disponibilizamos os espaços no plenário, nas comissões, no Centro de Cultura e no auditório do Bahia Center, para que houvesse debates e discussões e que as pretensões resistidas se transformações em propostas factíveis.

Foram 54 emendas apresentadas, em mais de um ano de tramitação. Não há prova maior do que essa de que a democracia plena prevaleceu em todo o processo, com intensas discussões, alguns arranhões, mas aqui é assim mesmo, é a casa do contraditório, onde a divergência é a regra, onde o combate de ideias é incentivado.
Leon Tostoi tem uma frase que gosto muito:

“A razão não me ensinou nada, tudo que sei foi-me dado pelo coração”.
Não esperem de mim ações facciosas, esperem de mim o coração e a firmeza quando o momento exige, visando sempre o bem-estar de nossa gente. Pensar a cidade é o nosso intuito e assim seguiremos.

GERALDO JÚNIOR
Presidente