A Prefeitura de Salvador, por meio da Secretaria Municipal de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre), deu início à primeira aula prática do curso de Esporte Adaptado na tarde desta quinta-feira (14). O curso tem como foco capacitar profissionais da Educação Física ligados à pasta, bem como aqueles que trabalham com comunidades apoiadas pela gestão municipal, a atender pessoas com deficiências (PCD).
A primeira aula prática deste programa inovador ocorreu no ginásio esportivo da Unijorge, localizado na Avenida Paralela, em Salvador, e contou com a participação de alunos com deficiências. Durante a aula, os profissionais tiveram a oportunidade de aplicar na prática o conhecimento adquirido por meio de um curso online oferecido anteriormente pela Sempre.
Daiane Pina, diretora de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência da Sempre, ressaltou a importância da iniciativa: “Aqui é a primeira aula prática do curso que a Sempre está oferecendo para os profissionais da Educação Física que são ligados à pasta. Tanto dentro da secretaria quanto também aqueles que atendem as comunidades que de alguma forma a Prefeitura apoia. Então a gente abriu um curso online para que eles pudessem ter conhecimento sobre como lidar com cada deficiência, nomenclaturas, e, após isso, iniciamos a parte prática”, disse.
Segundo Daiana, a segunda aula será no dia 23 de setembro, no Festival Paralímpico, na Associação Atlética da Bahia, onde esses profissionais vão realizar atividades esportivas com alunos presentes com deficiência. “Hoje é a primeira aula, mas esse curso vai ter continuidade, porque a gente entende que a pessoa com deficiência não é educação. É também arte, lazer, cultura e, também, esporte. E o esporte para a pessoa com deficiência é fundamental para que ela possa ter um desenvolvimento, tanto social quanto emocional, e também psicológico”, acrescentou Daiane.
Virgílio Leiro, professor e coordenador do Centro de Referência Paralímpico da Bahia, que esteve presente no curso, destacou a relevância de democratizar o conhecimento sobre esporte adaptado. “O curso é uma maneira de ampliar e democratizar esse conhecimento, para que esses professores, que têm um pouco menos de acesso, possam trazer essas pessoas para o seu cotidiando”, contou.
“Então é um curso muito importante, porque, através disso, eles vão perceber algumas deficiências, entre aspas, invisíveis, e daí vão começar também a perceber talentos, e, com o aprofundamento desse curso, eles já vão começar a identificar qual é a potencialidade de cada aluno para cada modalidade e, sobretudo, para a inclusão”, emendou Virgílio.