Um assessor do prefeito de Mariupol, na Ucrânia, disse que as forças russas anunciaram que a cidade sitiada será fechada para entrada e saída nesta segunda-feira (18), alertando que os homens que permanecerem na cidade serão “filtrados”.
Petro Andriushchenko, conselheiro do prefeito, disse no Telegram, no domingo (17), que as forças russas começaram a emitir passes para circulação dentro da cidade, postando uma foto supostamente mostrando moradores fazendo fila para a passagem.
“Centenas de cidadãos têm que fazer fila para conseguir um passe, sem o qual será impossível não só circular entre os bairros da cidade, mas também sair às ruas a partir da próxima semana”, disse.
Em um comunicado emitido no sábado (16), Andriushchenko disse que as forças russas anunciaram que a cidade será “fechada para entrada/saída de todos a partir de segunda-feira, mas também haverá uma proibição de circular pelos distritos por uma semana”. Andriushchenko acrescentou que, de acordo com informações recebidas de dentro da cidade, os homens na cidade estarão sujeitos a “filtragem” – realocados para triagem pelas forças russas.
A CNN não pode verificar de forma independente as alegações de Andriushchenko, que não está em Mariupol, mas trabalha para coletar informações de pessoas na cidade, que está sob cerco de uma semana.
Autoridades ucranianas e norte-americanas alegaram que as forças russas realizaram filtragem de civis em áreas sob seu controle, rastreando-os biometricamente, confiscando seus telefones e, em alguns casos, deportando-os contra sua vontade para a Rússia. A Câmara Municipal de Mariupol alegou que a filtragem fazia parte de um esforço mais amplo da Rússia para encobrir possíveis crimes de guerra cometidos na cidade.
As forças ucranianas que defendiam a cidade anteriormente rejeitaram um ultimato do Ministério da Defesa russo, pedindo aos soldados ucranianos na cidade que se rendessem.