Em meio às idas e vindas para definir quem realmente irá encabeçar a chapa do Partido dos Trabalhadores (PT) na disputa pelo governo baiano, pelo menos três nomes já foram postos para jogo após uma declaração do senador Jaques Wagner. Outros surgiram logo em seguida, mas por enquanto, nada é tido como certo.
Ao Bahia Notícias, o então secretário de Relações Institucionais, Luiz Caetano, disse que tem o “tesão” defendido pelo senador para enfrentar a campanha. Já a prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho, assegurou que “não foge à luta”. Jorge Solla, que se colocou à disposição no fim do dia desta segunda-feira (7), usou da sua experiência no partido para garantir que, se preciso for, estará pronto. Resta agora saber quais acordos internos serão necessários para acalmar os ânimos das diversas correntes petistas até que se alcance um denominador comum.
Em entrevista recente, o senador Wagner reiterou a necessidade de “tesão” para percorrer a Bahia e ganhar a campanha. Um dos favoritos para tal, e citado por Wagner – além de Moema Gramacho, e o então secretário de educação Jerônimo Rodrigues -, Luiz Caetano disse ao Bahia Notícias que está pronto. “Tesão é o que não me falta. Na verdade, tenho dito sempre que fico muito honrado de ter sido lembrado. Estou à disposição do partido, da frente política do governador Rui e de Wagner para dar continuidade a esse projeto na Bahia”, disse.
Ele diz que os outros nomes que integram as possibilidades também são capacitados para a “difícil missão de fazer melhor do que o já feito por Wagner e Rui”. Para Caetano, neste momento é mais importante a união dentro do PT. “Mas o que quero mesmo é ajudar a escolher a pessoa que tenha capacidade de unir o grupo e partir para cima no sentido de mobilizar a Bahia, os partidos políticos, os deputados e o estado no sentido de fazer uma campanha política alegre, que defenda prosperidade, desenvolvimento e a melhora das condições do povo baiano”, declarou.
No mesmo tom de busca por uma unidade política, Moema Gramacho não se esquivou da missão caso tenha que ser ela a candidata. Para a petista, a possibilidade de “concorrer” internamente com os outros nomes não a preocupa. “São pessoas com uma expressão importantíssima dentro e fora do partido. Portanto, eu não tenho nenhuma dificuldade com isso. No momento em que ficar decidido quem será, estarei na campanha batalhando para que a chapa seja vitoriosa. Agora, meu nome colocado, se for esse escolhido, nunca fugi à luta. Incorporo o Hino Nacional. Uma filha tua não foge à luta. Estou sempre pronta para lutar”, brincou.
Reconhecendo o tempo apertado para a apresentação de um nome, pois o prazo limite para desincompatibilização vai até o dia 2 de abril, ela disse que o momento exige cautela. “Temos pressa, obviamente, por conta do prazo para a descompatibilização, mas nada que tenha que nos apressar tanto para não ter cautela, responsabilidade e garantir que seja escolhida, ao fim de tudo, a chapa vitoriosa. O que mais nos importa neste momento é continuar mantendo o projeto que temos desenvolvido aqui na Bahia e que queremos retomar no Brasil. Mais importante do que apressar a definição de um nome do PT, é garantir a unidade de toda a base. Se depender de mim, quero ajudar nessa construção de unidade da base para que ninguém precise se afastar desse processo”, ponderou.
Na noite desta terça-feira (7), o deputado federal pelo PT baiano Jorge Solla também colocou seu nome à disposição do partido para encabeçar a chapa. Ele considerou que a sugestão do seu nome por diversos integrantes do partido vem de um reconhecimento por sua atuação desde a fundação do PT há 42 anos. “Obviamente meu nome está à disposição. Agora, quero deixar claro a todos e todas que nós precisamos ter a melhor chapa possível, precisamos ter nomes que reúnam as melhores condições e não podemos, de forma nenhuma, esquecer desse debate que o nome que nos coloca no cenário mais favorável para ganhar a eleição é do governador e senador Wagner”, disse a apoiadores durante a plenária.
Outro nome citado pelo senador Jaques Wagner como favorito para concorrer foi o do secretário de Educação do estado, Jerônimo Rodrigues. A reportagem entrou em contato com o secretário e com sua assessoria de imprensa para repercutir como ele tinha recebido essa possibilidade e se se colocava a disposição para o que o PT vem chamando de “projeto político pela Bahia e pelo Brasil”. Por uma questão de agenda, Jerônimo Rodrigues não pôde conceder entrevista até o fechamento desta matéria.
Na última terça-feira (8), o presidente estadual do PT, Éden Valadares disse no Bahia Notícias que o partido esperar apresentar um nome até o próximo sábado (12). “O clima de unidade interna é o que está guiando a postura e as falas tanto dos candidatos como dos dirigentes, quem sabe se antes disso a gente não constrói o consenso? Tomara que aconteça. Torço e trabalho para isso. Mas, formalmente, é o que disse. Executiva sexta e diretório no sábado”, explicou Valadares. Ao Bahia Notícias, Éden disse que é preciso respeitar a decisão do senador e considerou “página virada” a possibilidade dele voltar atrás.