Assembleia Legislativa da Bahia promove Oficina de Defesa Pessoal para Mulheres

A Escola do Legislativo da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), em parceria com a Guarda Civil Municipal de Salvador, promoveu, na tarde desta última quinta-feira (13), pelo segundo ano consecutivo, uma Oficina de Defesa Pessoal para Mulheres. A ação, realizada em comemoração ao Mês da Mulher, contou com a participação de servidoras públicas de vários departamentos, assessoras de gabinetes parlamentares e estagiárias da Casa do Povo.

O evento foi prestigiado pela chefe do Legislativo, deputada estadual Ivana Bastos (PSD), que fez questão de elogiar o trabalho desenvolvido pelo setor. “A Escola do Legislativo da Assembleia, comandada por Fernanda Guedes, tem se mostrado um espaço indispensável para a formação contínua dos servidores, promovendo cursos, seminários e debates que enriquecem nosso conhecimento e aprimoram nossas práticas na gestão pública”. Sobre o curso ministrado na tarde desta quinta-feira, ela afirmou que é uma ação que contribui para promover um maior senso de segurança e autoconfiança. “Parabéns à Escola do Legislativo por oferecer iniciativas tão inovadoras e transformadoras”, afirmou

A gerente do Departamento de Projetos Especiais, Jéssica Freire, considera que a violência contra a mulher é uma realidade preocupante, sendo de fundamental importância oferecer esta iniciativa para que cada participante se sinta mais segura e preparada para lidar com situações adversas.

“A oficina promove a troca de experiências e reforça a necessidade da prevenção e da confiança no dia a dia. Com esta atividade, esperamos não apenas proporcionar, às servidoras da Casa Legislativa, o aprendizado de técnicas de defesa, mas também incentivar uma cultura de respeito, segurança e autonomia para todas as mulheres”, destacou a gerente, que convidou dois agentes da GCM para ministrar as orientações em casos de perigo ou violência. Servidor da instituição civil há 17 anos, o instrutor Sidclei Silvio, especialista em Goshin Jitsu (3º Dan) e Kickboxer (1º Dan), mostrou às alunas, através de exercícios práticos, como se defender de um agressor que está ameaçando a pessoa com uma faca.

Ele explicou que a correta utilização de braços, punhos, cabeça, joelhos e pernas é essencial para os movimentos de avançar, bloquear e impedir de forma contundente um ataque. “Devido à sociedade machista em que vivemos, a mulher é a maior vítima o tempo todo, por isso é importante que ela tenha moções de defesa pessoal. Com técnicas adequadas e um aprendizado constante, o chamado ‘sexo frágil’ fica extremamente forte”, garantiu o instrutor. Quem também participou da oficina foi Alessandra Dias, organizadora de um curso sobre Defesa Pessoal da Guarda Municipal. Na sala de aula, os dois instrutores fizeram um rápido treino de boxe, reforçando a ideia de que a habilidade e a força da mulher são frutos de muita dedicação.

“Com o passar dos dias, você acaba internalizando esse treinamento e quando você precisar, vai fazer tudo de maneira automática. Depende da pessoa, do aprendizado e da habilidade que vai desenvolvendo, mas em seis meses já dá para a mulher se defender bem. Eu indico que a pessoa escolha algo em que se sinta bem para executar e treine muito as técnicas aprendidas, porque não vai ter força e homem grande que a gente não consiga se defender”, salientou Alessandra. Consciente de que, no mundo atual, pode se defrontar com problemas relacionados à violência contra a mulher, a assessora de saúde Nena Rodriguez, que há 17 anos trabalha no gabinete do deputado José de Arimateia (Republicanos), resolveu participar ativamente da oficina.

“Infelizmente, a violência está muito grande nos centros urbanos e não custa nada você saber como se defender com as técnicas das artes marciais, habilidades que, com o passar do tempo, você vai exercitando. A mulher hoje é o ponto chave da violência e a Escola do Legislativo está de parabéns, pois observei que somos 17 mulheres interessadas em aprender defesa pessoal. É gritante o número de mulheres assassinadas e de um modo geral falta esse conhecimento, essa maneira de se proteger de um cidadão que pretende matar a mulher de qualquer jeito”, finalizou a servidora.