O primeiro turno das eleições municipais, marcado para 6 de outubro, terá 20 prefeitos de capitais disputando a reeleição ao cargo, maior patamar desde que a renovação do mandato foi autorizada no país — ao lado dos pleitos de 2000, 2008 e 2016.
Mas isso também significa que seis mandatários de capital não postulam mais quatro anos no poder. Veja abaixo quem são eles e quais serão seus apoios na corrida em suas cidades.
Edvaldo Nogueira, Aracaju
Prefeito da capital sergipana desde 2017, Edvaldo Nogueira não pode concorrer ao cargo pela terceira vez seguida por determinação constitucional. Seu partido, o PDT, tem apenas Nogueira e José Sarto, em Fortaleza, no comando de capitais, e terá o mandatário como cabo eleitoral de Luiz Roberto (PDT) para se manter à frente de Aracaju.
Emanuel Pinheiro, Cuiabá
Suspeito de integrar uma organização criminosa, o político do MDB chegou a ser afastado da prefeitura por decisão da Justiça estadual, mas teve o retorno autorizado pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) e está prestes a concluir seu segundo mandato. Mas as denúncias resvalaram na popularidade de Pinheiro e o candidato apadrinhado por ele, Domingos Kennedy (MDB), tem ficado somente em quarto lugar nas pesquisas de intenção de voto.
Rafael Greca, Curitiba
Eleito pelo PMN (hoje Mobiliza) em 2016 e reeleito pelo Democratas (atual União Brasil) há quatro anos, o prefeito da capital paranaense migrou para o PSD do governador Ratinho Júnior e trabalha para transferir os índices elevados de aprovação da gestão para um candidato próximo: seu vice, Eduardo Pimentel (PSD), que disputa a eleição alavancado pelos dois padrinhos.
Álvaro Dias, Natal
Outro prefeito de capital a mudar de partido no curso dos dois mandatos, Dias desembarcou do PSDB e migrou para o Republicanos em um movimento para se credenciar no bolsonarismo, após defender posições de Jair Bolsonaro (PL) nos anos finais de sua administração federal. Na disputa deste ano, apoia a candidatura do deputado Paulinho Freire (União Brasil).
Cinthia Ribeiro, Palmas
A tucana virou prefeita em 2018, após o titular Carlos Amastha (PSB), de quem era vice, renunciar ao cargo para concorrer ao governo do estado — eleição em que foi derrotado. Em voo solo, foi reeleita em 2020 ainda no PSDB e apoia Júnior Geo, candidato do partido na cidade, para sua sucessão.
Hildon Chaves, Porto Velho
Aprovado por 52% da população da capital rondoniense ao final de seu segundo mandato, o político do PSDB se uniu ao governador Marcos Rocha (União Brasil) em apoio a Mariana Carvalho (União Brasil) para a própria sucessão. A ex-deputada tem liderado as principais pesquisas de intenções de voto no município.