O governo do Irã emitiu um mandado de prisão contra o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump nesta última segunda-feira (29). Segundo a TV “Al Jazeera”, o governo iraniano está acionando a Interpol para ajudar a cumprir a ordem judicial. O motivo é devido ao ataque que matou o general Soleimani, um dos principais líderes militares do Irã, e outras pessoas no dia 3 de janeiro, em Bagdá, no Iraque. O ataque foi realizado com drones pelo governo dos EUA.
Alqasimehr também disse que o Irã havia pedido um “aviso vermelho” para Trump e outras pessoas, o mais alto nível emitido pela Interpol, solicitando que buscasse a localização e a prisão do indivíduo nomeado.
Morte de Soleimani aumentou tensão entre países
Sob ordens diretas do presidente Donald Trump, os Estados Unidos mataram o general iraniano Qassem Soleimani em um bombardeio ao Aeroporto de Bagdá na noite do dia 02 de janeiro.
Aos 62 anos, o general Soleimani liderava a força Al-Qods dos Guardiões da Revolução, e coordenava as operações no exterior – especialmente no Iraque e na Síria. No Irã, ele era visto como herói e atuava como cérebro por trás da estratégia militar e geopolítica do país.
Sob liderança de Soleimani, o Irã reforçou o apoio ao Hezbollah, no Líbano, e outros grupos militantes pró-iranianos. O general também foi responsável por expandir a presença militar do Irã na Síria e coordenar a ofensiva do governo de Bashar al-Assad contra grupos rebeldes. No Iraque, ele apoiou um grupo xiita paramilitar que ajudou a combater o Estado Islâmico.
Carismático e muitas vezes evasivo, o comandante era reverenciado por alguns, odiado por outros, e motivo de memes e idolatria nas redes sociais.
Sua morte acontece em meio ao aumento de tensão entre EUA e Irã. Dia antes, um ataque dos Estados Unidos na fronteira do Iraque com a Síria deixou mortos 25 combatentes das Forças de Mobilização Popular do Iraque.
Em retaliação, milicianos do Iraque invadiram a embaixada americana em Bagdá. O presidente Donald Trump acusou o Irã de estar por trás do ocorrido, e prometeu uma resposta que veio dois dias depois, com o ataque ao Aeroporto de Bagdá que matou Soleimani.