Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (8) traz dois dados positivos para o presidente da República. A aprovação ao trabalho de Lula, que vinha caindo desde agosto do ano passado, quando era de 60%, manteve-se estável entre fevereiro e maio, passando de 51% para 50%, dentro da margem de erro, de 2,2 pontos percentuais.
Não houve mudança fora da margem também no caso da reprovação, que subiu de 46% para 47%, 12 pontos percentuais a mais que em agosto do ano passado e o maior percentual registrado desde o início do terceiro mandato do petista.
No caso da avaliação geral do governo, o quadro também permanece estável. Do total de entrevistados, 33% consideram o desempenho positivo, ante 35% em fevereiro. Outros 33% responderam que é negativo o trabalho realizado até agora, 1 ponto percentual a menos do que em fevereiro.
Frutos no Sul
Apesar da estabilidade no cenário nacional, a popularidade do presidente e do governo melhorou na região Sul. A pesquisa foi realizada entre a quinta-feira, 2, e a segunda-feira, 6. Nesse período, Lula visitou duas vezes o Rio Grande do Sul e anunciou uma série de medidas em resposta ao desastre climático que atinge o estado. A ajuda federal aos gaúchos aparece em segundo lugar entre as notícias positivas sobre o governo citadas pelos entrevistados, ficando atrás apenas dos benefícios do Bolsa Família.
Na região Sul, a aprovação ao trabalho do presidente saltou de 40% para 47% entre fevereiro e maio, e a reprovação caiu de 57% para 52%. Já a avaliação positiva do governo passou de 25% para 34%, enquanto a negativa oscilou, dentro da margem de erro, de 42% para 41%. O crescimento tanto da aprovação do presidente quanto da avaliação positiva do governo ocorreu acima da margem de erro para a região, que é de 6 pontos percentuais.
Presidente da Quaest, o cientista político Felipe Nunes diz que há no caso uma aparente mudança de trajetória, favorecendo a gestão petista, mas que é preciso esperar mais uma rodada da pesquisa para confirmar se, de fato, ela está ocorrendo.
Mau humor persistente
O levantamento também traz notícias ruins para o petista. Para 49% dos entrevistados, o Brasil está indo na direção errada, contra 41% que acham que caminha na direção certa. Em dezembro, a situação era invertida. Havia mais gente confiante (45%) do que pessimista (43%). Também cresceu o percentual dos que dizem que o presidente não consegue cumprir o que prometeu: eram 56% em fevereiro e agora são 63% em maio.