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quinta-feira 7 de outubro de 2021 às 11:37h

Ponto de Vista: A promissora agroindústria baiana

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Ao casal amigo Anita e Paulo Cavalcante.

No último fim de semana, a convite do Vice-Governador do Estado e Secretário de Desenvolvimento, João Leão, fizemos uma visita a projetos agroindustriais implantados à margem esquerda do Velho Chico, nos municípios de Muquém do São Francisco e Barra do Rio Grande, componentes da Região do Médio São Francisco, que abrange 16 municípios e uma população de cerca de 350 mil almas. Estudos geo-agronômicos revelam que as terras situadas às margens esquerdas do São Francisco, na região visitada, são quatro vezes mais profundas do que às das margens direitas, razão de sua maior produtividade. Fomos acompanhados do empresário Roberto Oliva, presidente da Intermarítima, empresa especializada e líder em operações portuárias, no Nordeste Brasileiro, além dos representantes dos projetos visitados e dos prefeitos Mara Rios e Artur da Silva Filho.

A impressão que se firmou no espírito dos visitantes foi a de maravilhamento pelo caráter seminal dos empreendimentos, em face de seu significado social e econômico, profundamente transformador de toda a Região que se inclui entre as mais pobres do País, marcada por doenças endêmicas como a tuberculose, lepra e doença de Chagas, desemprego, subemprego, sub habitações, precário acesso a saneamento básico e analfabetismo, agora com perspectivas concretas de um tempo novo, redentor do seu histórico e doloroso atraso. Além disso, a pequena riqueza produzida na Bahia  é muito mal distribuída. Basta dizer que 80% dela está concentrada na Região Metropolitana de Salvador que abriga, apenas, 23% da população do Estado.

Esse programa de desenvolvimento agroindustrial vem favorecendo as culturas tradicionais, a exemplo da cana-de-açúcar, feijão, milho, arroz, mandioca, batata e pecuária extensiva, além de criar novas, como uva, laranja, amendoim, cenoura, pecuária intensiva e de confinamento, com elevados níveis de produtividade. O  programa  aponta para a Bahia liderar, no médio prazo, a  produção vinícola nacional .

Por elementar dever  de justiça, é imperioso reconhecer que esse  dinamismo promissor do agronegócio, na Bahia, decorre do contagiante  entusiasmo do Vice-Governador João Leão, que, a partir de sua longa experiência na iniciativa privada sabe que o Estado nada produz, tendo, porém, como agente regulador, notável poder de colaborar como de retardar o desenvolvimento, postura que responde pelo estágio em que nos encontramos, integrando o time das unidades federadas com menor renda per capita e IDH mais baixo. Ocupando o último lugar em matéria de educação, a juventude pobre baiana de hoje depara um futuro nada promissor, pela razão de vivermos na sociedade do  conhecimento. Só um milagre para salvar do naufrágio as possibilidades de sua cidadania. A liderança que  a Bahia exerce no campo da violência reflete esse atraso.

Paralelamente  ao incansável trabalho de atrair empresários nacionais e estrangeiros, com experiência no campo agroindustrial, de pouca expressão,  entre os nordestinos, em geral, e os baianos, em particular, João Leão vem cuidando, há vinte anos, da implantação de uma unidade escolar modelo, 95% da qual implantada com  a doação de particulares que respondem por etapas distintas do projeto. Nessa visita, coube a nós e ao empresário Roberto Oliva contribuir com algumas carretas de gesso e por uma cocheira, em razão de um  voluntarismo definido pelo próprio João Leão, do mesmo modo que vários outros empreendedores foram solicitados a arcar com importantes itens dessa forja transformadora de destinos. A escola é cercada por uma área de 250ha,  para teste experimental das diferentes culturas, com instalações modernas para 350 alunos e dotada de centro de capacitação de pequenos empresários locais que avançam da idade média tecnológica  para a modernidade, cumprindo um papel que deveria caber às universidades públicas instaladas na Bahia, mais dedicadas  à implementação de políticas ideológicas, de inspiração bolivariana.

Retornamos a Salvador com a sensação de que uma nova e rica Bahia emerge de sua região mais pobre.

Por Joaci Góes / Jornal Tribuna

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