A ponte Salvador-Itaparica é uma das maiores obras de mobilidade da Bahia do século 21, e o programa Linha de Frente, da TV Aratu, entrevistou o CEO da Concessão do Sistema Rodoviário Ponte Salvador-Ilha de Itaparica, o engenheiro químico Cláudio Villas Boas, que explicou segundo João Brandão, do Aratu Online, tudo o que você precisa saber sobre o equipamento (assista entrevista abaixo).
Invetimento
O investimento na ponte está orçado, atualmente, em R$ 9,5 bilhões. Em 2019, o valor era de R$ 7 bilhões. O montante, segundo Cláudio, será majoritariamente bancado pelo consórcio, que terá o direito de operar o sistema por 35 anos. O projeto é uma Parceria Público-Privada (PPP).
Ponta a Ponta
A ponte vai fazer parte do sistema viário que sai de Salvador, cruza a Baía de Todos-os-Santos, chega na Ilha de Itaparica, cruza a Ilha, atravessa outro lado do continente e segue cruzando as BRs 101 e 116.
O início desse sistema, conectando diretamente à Via Expressa, passa por cima da Avenida Jequitaia, da Oscar Pontes, seguindo pelo mar e conectando em Vera Cruz, ao lado do distrito de Mar Grande. Depois, segue uma rodovia nova, com pista dupla, ao longo da ilha, paralela à via existente, que é a 001, até se conectar à Ponte do Funil.
Cronograma
O cronograma hoje é a conclusão da sondagem em dezembro deste ano e, após isso, terá início a mobilização de canteiros em janeiro de 2025. Com isso, a conclusão da ponte, de acordo com o gestor, será ao final de 2028.
Pedágio
A tarifa será tabelada, definida pelo governo na época do edital, e reajustada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). De acordo com Cláudio Villas Boas, “o preço está mais ou menos similar à tarifa do ferry-boat”, mas com vantagens. “Não tem hora marcada, atravessa em menos de 10 minutos e você não paga por passageiro adicional”.
Ciclovia
Não há, ainda, um projeto para ciclovia, mas Villas Boas faz algumas ponderações. A ponte terá 12.4 km de extensão. No vão principal, no meio da Baía de Todos-os-Santos, ela estará a 90 metros de altura, equivalente a um prédio de 30 andares, ou seja, terá uma subida íngreme.
Empregos
O período de construção é o que terá o maior impacto na geração direta de trabalho na ponte. Estão previstos três canteiros, onde serão concentradas as frentes de trabalho: Salvador, Vera Cruz e São Roque do Paraguaçu. Cerca de 7 mil empregos diretos e indiretos serão gerados, distribuídos, principalmente, nestes três canteiros. Hoje, existem cerca de 100 pessoas trabalhando na Concessionária e na atividade de sondagem e, em 2025, com a mobilização dos canteiros, vai começar uma curva de contratação para chegar a cerca de 7 mil empregos diretos.