O Programa Auxílio Gás dos Brasileiros (PAGB) será referência para a Organização das Nações Unidas (ONU) no desenvolvimento de projetos voltados ao Sul Global e ao continente africano para a universalização da energia. A informação foi confirmada pela representante especial do Secretário-Geral para Energia Sustentável para Todos, Damilola Ogunbiyi, durante reunião com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, neste último domingo (17) em Nova York, nos Estados Unidos.
Mais de 5,63 milhões de famílias brasileiras receberam o benefício em agosto, quando mais de R$ 608 milhões foram investidos. Os recursos para o programa foram garantidos em 2022, por meio da chamada PEC da Transição, relatada por Alexandre Silveira no Senado Federal. O benefício de R$ 108 por residência contemplada é pago a cada dois meses – correspondente a 100% do botijão de gás de cozinha (GLP) de 13 kg, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
“Com muito trabalho, conseguimos a recomposição orçamentária da União para garantir os recursos necessários para os benefícios sociais tão importantes para a população menos favorecida no Brasil. Levar mais dignidade e condições para as famílias brasileiras é um dos principais objetivos do governo do presidente Lula. E, com esta medida, queremos eliminar no Brasil o cozimento à lenha, que além de causar muitos acidentes é incorreto ambientalmente”, afirmou o ministro Alexandre Silveira.
Protagonismo brasileiro
Durante a reunião com a representante da ONU para a energia, o ministro Alexandre Silveira também destacou a liderança e a parceria brasileira com a Organização das Nações Unidas e defendeu a cooperação para a proteção dos países do Sul Global e do continente africano.
“As políticas que o Brasil implementa em universalização da energia e transição energética serão tomadas como referência pelos países em desenvolvimento. Nós estivemos na Índia, onde tivemos a oportunidade de reafirmar nosso compromisso não só com a descarbonização, mas com uma transição justa e inclusiva, em que haja um diálogo altivo e com resultados efetivos para os países do sul global na relação com os países industrializados”, afirmou Alexandre Silveira.
O ministro de Minas e Energia ainda destacou que o Brasil chegará à COP 30 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas) como protagonista, discutindo, principalmente, a transição energética. “Na COP do ano que vem, no Brasil, seremos vigorosos em mostrar nossos programas de inclusão. Será uma grande oportunidade, de unidos, sinalizarmos para a construção de uma política onde os países mais industrializados possam estar juntos nesta pauta e trazer mais resultados para a paz, que só vai existir com a prosperidade”, finalizou Silveira.
Acompanham o ministro na viagem à Nova York os secretários nacionais de Transição Energética e Planejamento, Thiago Barral, e de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Pietro Mendes.