A Polícia Civil do Distrito Federal investiga um grupo criminoso que fraudava pagamentos de boletos e deu golpe de R$ 21 milhões em um banco privado entre janeiro do ano passado e este ano. Ao todo, foram cumpridos dez mandados de prisão temporária e 15 de busca e apreensão, com apoio de 115 policiais em nove estados do país.
O golpe era aplicado com a falsificação do QR Code Pix de guias de arrecadação, inserindo valores menores que a cobrança real. Segundo o delegado-adjunto da Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos, Eduardo Dal Fabbro, a investigação começou com a denúncia de um dos bancos alvo do golpe.
“O grupo explorou uma vulnerabilidade na plataforma da instituição financeira, que possibilitava inserir a linha digital no campo específico e na hora de pagar gerava um QR Code com o valor manipulado. Então, as guias de R$5 milhões acabavam sendo pagas com 30 centavos”, explica o delegado
A operação cumpriu dez mandados de prisão temporária e 15 de busca e apreensão, que contou com o apoio das Polícias Civis de:
- São Paulo,
- Mato Grosso,
- Santa Catarina,
- Minas Gerais,
- Bahia,
- Maranhão,
- Amapá,
- Goiás e
- Rio de Janeiro
O esquema contava com um grupo que identificava a vulnerabilidade nos pagamentos e um grupo que atuava dentro de prefeituras para emitir as guias falsas nas prefeituras de Morros (MA), Ubaitaba (BA), Serra do Navio (AP), Jacinto (MG) e Acorizal (MT).
Eduardo Dal Fabbro diz que durante as investigações “ficou evidenciado que os criminosos gastaram grande parte do dinheiro com festas e bens de luxo, como carros”.
Os envolvidos utilizavam empresas para permitir a retirada dos recursos ilícitos das contas das prefeituras. A operação contou com o apoio das polícias civis de São Paulo, Mato Grosso, Santa Catarina, Minas Gerais, Bahia, Maranhão, Amapá, Goiás e Rio de Janeiro. Segundo a polícia civil do DF, esta é uma das mais significativas operações contra crimes cibernéticos e lavagem de dinheiro no Brasil.