A 4ª Conferência Nacional de Juventude, que ocorreu no último final de semana em Brasília, terminou em confusão e investigação policial. Isto porque, neste último sábado (16), um grupo de jovens de direita foram agredidos durante uma discussão temática no evento do governo federal. Os denunciantes são segundo Luísa Marzullo, do O Globo, representantes da União Juventude e Liberdade (UJL) — formada por representantes do partido Novo, Podemos, União Brasil, PL — que relatam socos, empurrões, água no rosto e hostilizações por parte de lideranças do outro lado do espectro político.
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A situação foi mediada pela Polícia Militar do Distrito Federal que precisou esvaziar o plenário em que ocorreria a conferência e escoltar os militantes de direita. No registro de ocorrência, ao qual o GLOBO teve acesso, cinco jovens dão relatos similares. Enquanto tentavam discutir propostas como a revogação da CLT e a criação de um ICMS educacional, foram chamados de “fascistas” e “nazistas”. As acusações teriam partido para agressão física, mediante a empurrões e até chutes. Registros da cena foram compartilhados nas redes sociais.
— Mesmo tendo sido eleitos para representar milhares de pessoas, fomos agredidos e hostilizados durante todo o evento — diz Letícia Perfeito, liderança da UJL.
Na Polícia Civil, o caso é investigado por vias de fato, difamação, injúria, injúria real e dano. Em nota, a Secretaria Nacional de Juventude, vinculada à Secretaria-Geral da Presidência da República, repudiou qualquer tipo de violência. Na tarde deste sábado, durante os debates, os organizadores receberam dos participantes da Conferência, denúncias referentes a ocorrências de acusações de transfobia e também de agressões físicas. “A Secretaria Nacional de Juventude agiu para conter o tumulto e para garantir a segurança de todas as pessoas participantes da 4ª Conferência Nacional de Juventude”, diz trecho do pronunciamento.
A 4ª Conferência Nacional de Juventude ocorreu entre quinta-feira (14) e domingo (17) com a participação de mais de 2,2 mil jovens entre 15 e 28 anos. Na abertura, o presidente Lula (PT) esteve presente e, na ocasião comemorou a aprovação do ministro escolhido para o Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino.
— Vocês não sabem como eu estou feliz hoje. Pela primeira vez na história desse país, nós conseguimos colocar na Suprema Corte desse país um ministro comunista, um companheiro da qualidade do Flávio Dino —afirmou o petista.