A cúpula do PL tenta negociar, nos bastidores segundo Igor Gadelha em sua coluna, um meio-termo para garantir a filiação do presidente Jair Bolsonaro ao partido e, ao mesmo tempo, não furar totalmente o acordo para apoiar o vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), na disputa pelo governo paulista em 2022.
Segundo apurou a coluna, dirigentes do PL propuseram a Bolsonaro e Garcia um acordo em que o partido lançaria um candidato próprio na disputa pelo governo paulista, mas liberaria seus parlamentares paulistas a pedirem, informalmente, voto para o vice de João Doria na campanha.
O meio-termo vem sendo costurado, nos últimos dias, pelo próprio presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, e seus emissários. Em São Paulo, um dos interlocutores do dirigente com o grupo de Doria é o ex-ministro Antônio Carlos Rodrigues, que comanda uma diretoria do DER, 0 Departamento de Estradas e Rodagem.
Como a coluna vem mostrando, o cenário eleitoral em São Paulo, maior colégio eleitoral do país, é o principal entrave para filiação de Bolsonaro ao PL. O presidente da República já afirmou ser contra a aliança do PL com o grupo de Doria, adversário político do atual chefe do Palácio do Planalto.