A economia da zona do euro cresceu 0,1% no quarto trimestre de 2022, segundo dados divulgados nesta terça-feira (31) pela agência europeia de estatísticas Eurostat e AFP, um resultado que afasta a perspectiva de uma recessão que parecia iminente.
Segundo a Eurostat, o resultado do quarto trimestre representa uma leve queda em relação ao terceiro trimestre de 2022, que havia apresentado alta de 0,3%, mas superou as previsões de muitos analistas, que alertavam para uma queda mais acentuada.
No conjunto de 2022, o PIB da zona do euro avançou 3,5%, apontou a Eurostat.
O impacto da guerra na Ucrânia e a forte subida dos preços da energia lançaram uma nuvem de incerteza sobre o futuro da economia europeia, com a possibilidade de um cenário recessivo no inverno boreal.
A zona do euro é o grupo de 20 dos 27 países da União Europeia (UE) que adotam o euro como moeda comum e têm o Banco Central Europeu (BCU) como autoridade monetária.
Segundo o Eurostat, para o conjunto dos 27 países da UE, o PIB do quarto trimestre encerrou estável, após ter avançado 0,3% no terceiro trimestre.
Desta forma, a UE como um todo fechou 2022 com o PIB em progressão de 3,6%, disse o Eurostat.
Segundo números da agência europeia de estatísticas, a Alemanha fechou o quarto trimestre com queda de 0,2%, enquanto a Espanha o fez com alta de 0,2%.
O difícil cenário de 2022 gerou uma expectativa sombria para a economia europeia em 2023.
Assim, a Comissão Europeia (braço Executivo da UE) revisou significativamente em baixa a sua previsão de crescimento do PIB em 2023, para apenas 0,3% para os países que partilham a moeda única, ante os 1,4% esperados até agora.
Em novembro, o comissário europeu para a Economia, o italiano Paolo Gentiloni, alertou que era preciso se preparar para uma recessão, que se tornaria evidente já no último trimestre de 2022 e no primeiro de 2023.