A Procuradoria-Geral da República (PGR) emitiu, nesta quinta-feira (4), um parecer favorável à volta de Ednaldo Rodrigues à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, defendeu a volta de Ednaldo Rodrigues à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), em parecer emitido nesta quinta-feira (4). Gonet argumentou que a intervenção na entidade, liderada por José Perdiz, coloca em risco a participação da seleção brasileira no pré-olímpico da Venezuela, que vale vaga para as Olimpíadas de Paris 2024. As informações são do portal Metrópoles e da Globo News.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes determinou nessa quarta-feira (3) que a PGR e a Advocacia-Geral da União (AGU) se manifestassem sobre o caso em 24 horas. A ação foi movida pelo PCdoB, que apoia a volta de Ednaldo. O Brasil é bicampeão olímpico de futebol.
“Ressalte-se, a propósito, que há risco concreto e iminente de recusa da inscrição da seleção brasileira de futebol, se assinada pelo interventor, no torneio pré-olímpico a ser realizado ainda neste mês de janeiro na Venezuela, destinado à obtenção de vaga para a participação nas Olimpíadas de Paris 2024”, afirmou Gonet.
Entenda o caso
O Ministério Público do Rio de Janeiro moveu, em 2018, uma ação contra a CBF por entender que o estatuto da entidade não estava em acordo com a Lei Pelé. A norma previa peso igualitário entre federações e clubes de futebol. Porém, em meio ao processo, o então presidente da Confederação, Rogério Caboclo, foi afastado do cargo por denúncias de assédio sexual.
Ednaldo Rodrigues, que era vice-presidente à época, assumiu como interino e negociou o termo de ajustamento de conduta (TAC) com o MPRJ. A eleição de Caboclo foi anulada, outro pleito foi marcado, e o próprio Ednaldo acabou eleito presidente da entidade.
O questionamento dos demais vices que integravam a gestão de Caboclo é que eles não foram consultados sobre o acordo e que foram prejudicados em seu desdobramento, já que também precisaram deixar seus cargos. Além disso, alegam que o juízo de primeiro grau não tinha competência para homologar o acordo.
Após o afastamento de Enaldo, o PCdoB entrou com pedido de urgência para suspender a intervenção na CBF, argumentando que, se postergada a ação, a seleção brasileira de futebol poderia ficar de fora das Olimpíadas de 2024, que acontecem em Paris, na França, neste ano.