A Polícia Federal, a pedido do juiz Marcelo Bretas, prendeu preventivamente nesta segunda-feira (22) o empresário Vinícius Peixoto, filho do também empresário Mário Peixoto. A prisão é desdobramento da Operação Favorito, deflagrada pela PF no mês passado.
No início de maio, quando a operação foi deflagrada, Vinícius foi alvo de um mandado de prisão preventiva, sem prazo para acabar. Mas a ordem foi convertida em prisão domiciliar, já que o empresário estava com suspeita de covid-19.
Na decisão que determinou a prisão nesta segunda-feira, Bretas relata que mensagens obtidas pelo MPF dão conta que mesmo estando sob a mira da Justiça, Vinícius teria continuado praticando atos em nome de uma empresa offshore.
“Ou seja, VINICIUS teve sua prisão preventiva convertida em domiciliar por conta de possível contração do vírus Covid-19, e quatro dias após a efetivação da domiciliar, tratou de modificar dados em sua offshore”, diz o juiz, para quem “há fortes suspeitas de atividade para encobrir eventuais desvios ou colaboradores, uma vez que realizada imediatamente após a deflagração da operação.”.
A Operação Favorito, etapa da Lava-Jato no Rio que apura desvios em contratos na área da saúde envolvendo organizações sociais, visa, segundo os investigadores, acabar com um esquema em atividade desde 2012. Os danos estimados superam 500 milhões de reais aos cofres públicos do estado e de prefeituras.
De acordo com o MPF, o grupo do empresário Mário Peixoto buscou usar a pandemia do novo coronavírus para expandir seus negócios. Vinícius Peixoto estaria ligado ao esquema criminoso do pai.