Integrantes da Polícia Federal que fazem parte da equipe da ‘Operação Faroeste’, encontraram conforme publicou o jornal Correio, um elo entre políticos baianos e o falso cônsul de Guiné-Bissau Adailton Maturino, denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) como mentor do esquema de grilagem de terras por meio da venda de sentenças no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). A informação foi publicada nesta quarta-feira (8) a coluna Satélite do jornal.
Com base nos registros sobre a movimentação de aeronaves no Aeroporto de Salvador, investigadores da Faroeste descobriram que um jatinho que servia a caciques de partidos da base aliada ao governo do estado utilizava o hangar da Addey Taxi Aéreo, o mesmo onde Maturino possuía sala privativa de reuniões com adesivo da Embaixada de Guiné-Bissau e costumava guardar, segundo o MPF, seu avião particular, supostamente adquirido por uma das empresas ligadas ao esquema.
De acordo com a publicação, foram achados quatro registros do jatinho usado por políticos do estado no hangar da Addey, suspeita de ser favorecida em decisões do TJ. Todos eles ocorreram em outubro e novembro de 2018.
Até outubro do ano passado, o jatinho pertencia a uma grande companhia paranaense de transporte rodoviário e armazenagem. No entanto, era operado por outra empresa, cuja pessoa jurídica é ligada a um parlamentar influente da Bahia e que desde 2018 cumpre mandado em Brasília, conforme dados obtidos junto à Receita e à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). À época, teve a propriedade transferida para um grupo empresarial de Luis Eduardo Magalhães que atua no mercado imobiliário, hotelaria e comércio de combustíveis.