Petroleiros protestam contra a venda da Refinaria Landulpho Alves, que fica em São Francisco do Conde, região metropolitana de Salvador, nesta quarta-feira (10) conforme o Jornal da Manhã da TV Bahia. A primeira refinaria nacional está sendo vendida por US$ 1,65 bilhão.
O grupo se reúne no acesso à Landulpho Alves e a previsão é de que fiquem mobilizados até as 9h30. Os petroleiros votaram pela greve, por causa dessa negociação de venda. Segundo a categoria, a partir da próxima semana os trabalhadores entram em indicativo de greve.
O coordenador do Sindicato dos Petroleiros e Petroleiras do Estado da Bahia (Sindipetro), Jairo Batista, disse que a privatização da refinaria coloca em risco a cadeia econômica da região.
“A privatização da refinaria não só representa ameaça aos empregos dos trabalhadores. Há uma série de estudos que indicam que a privatização da refinaria vai ocasionar, não só impacto na arrecadação dos impostos, como também na economia do estado da Bahia e mais diretamente em diversas cidades. A gente entende, que não só para os trabalhadores, mas também para toda a região podem os empregos estarem ameaçados e a arrecadação de tributos também ficará prejudicada”.
Primeira do país
A Refinaria Landulpho Alves (Rlam) é a primeira do país, criada em setembro de 1950. A rodada final do processo de venda foi concluída na segunda-feira (8), e a Mubadala Capital, empresa de investimentos, venceu a disputa por US$ 1,65 bilhão.
A refinaria fica na cidade de São Francisco do Conde, região metropolitana de Salvador e teve origem impulsionada pela descoberta do petróleo no estado baiano. A operação da Rlam possibilitou o desenvolvimento do primeiro complexo petroquímico do país, o de Camaçari.
A Rlam tem 26 unidades de processamento, e 201 tanques de armazenamento. Ela refina mais de 30 tipos de produtos, entre eles gasolina, diesel, lubrificantes, querosene de aviação, entre outros.
A Refinaria Landulfo Alves é a única produtora nacional de uma parafina alimentícia usada na fabricação de chocolates e chicletes, a chamada food grade.
O processo de venda da Rlam é o mais adiantado entre as 8 refinarias que a Petrobras pretende privatizar até o final de 2021. A assinatura do contrato de compra e venda está sob aprovação dos órgãos competentes.
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