Conforme o jornal O Globo, deputados federais do PT compartilharam nas redes sociais o documentário “Bolsonaro e Adélio, Uma Fakeada no Coração do Brasil”, que defende a tese de que a facada no presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante a campanha eleitoral de 2018 foi forjada. O canal oficial do partido no Youtube transmitiu ainda uma entrevista com o diretor do filme, o jornalista Joaquim de Carvalho.
O documentário, produzido pelo site “Brasil 247”, levanta uma série de supostos indícios de que a tentativa de assassinato foi forjada por Bolsonaro para deixar de comparecer aos debates presidenciais e crescer nas pesquisas de intenção de voto.
O deputado federal Bohn Gass (RS), líder da bancada do PT na Câmara, compartilhou o documentário e sugeriu aos seguidores que assistissem à produção:
“Acabei de assistir o documentário “Bolsonaro e Adélio – uma fakeada no coração do Brasil”, que já é sobre um sucesso de público e de crítica. Sugiro que vejam e que comentem aqui para trocarmos impressões. Voltarei ao tema”, escreveu.
Acabei de assistir o documentário "Bolsonaro e Adélio – uma fakeada no coração do Brasil", que já é sobre um sucesso de público e de crítica. Sugiro que vejam e que comentem aqui para trocarmos impressões. Voltarei ao tema. https://t.co/4blYkJvDsT
— Bohn Gass (@BohnGass) September 12, 2021
O deputado Paulo Pimenta (RS) afirmou que é o documentário traz “forte indício de farsa”.
“ATENÇÃO: Juiz explica por que desconfia da “facada de Juiz de Fora”. Luis Carlos Valois diz que o fato de Adélio Bispo de Oliveira ter sido protegido pelos seguranças de Jair Bolsonaro, como Joaquim de Carvalho demonstrou, é um forte indício da farsa”.
ATENÇÃO: Juiz explica por que desconfia da "facada de Juiz de Fora". Luis Carlos Valois diz que o fato de Adélio Bispo de Oliveira ter sido protegido pelos seguranças de Jair Bolsonaro, como Joaquim de Carvalho demonstrou, é um forte indício da farsa.
— Paulo Pimenta (@DeputadoFederal) September 17, 2021
Outros parlamentares também compartilharam o vídeo e levantaram suspeitas sobre as motivações de Adélio dos Santos, autor da facada no presidente, entre eles os deputados Rogério Correia, Paulo Guedes e Airton Faleiro.
“Impressionante como Joaquim de Carvalho foi fundo na investigação sobre o episódio da “facada” em JF que abriu caminho para vitória de Bolsonaro e seu projeto neofascista de governo. Como a PF nunca investigou este lado? Cabe uma CPI da fakeada? Opine.
Impressionante como Joaquim de Carvalho foi fundo na investigação sobre o episódio da “facada” em JF que abriu caminho para vitória de Bolsonaro e seu projeto neofascista de governo. Como a PF nunca investigou este lado? Cabe uma CPI da fakeada? Opine. https://t.co/xm9kyXq47k
— Rogério Correia (@RogerioCorreia_) September 12, 2021
? ALERTA DE SPOILER: Documentário FAKEADA
Carluxo do mesmo clube de tiro de Adélio.
Carluxo acompanha pai pela 1° vez na campanha e pede que não use colete à prova de balas.
Adélio se aproxima de Carluxo durante ato e quer falar com ele.
Irmã de Adélio afirma: eles eram amigos!— ?️Paulo Guedes do Bem (@deppauloguedes) September 13, 2021
A Polícia Federal (PF) concluiu que não houve mandantes para o ataque a faca contra Bolsonaro em Juiz de Fora (MG). De acordo com a investigação, coordenada pelo delegado Rodrigo Morais Adélio Bispo de Oliveira, agiu sozinho, por iniciativa própria e sem ajuda de terceiros, tendo sido responsável tanto pelo planejamento da ação criminosa quanto por sua execução.
Ainda segundo as investigações, não foi comprovada, por exemplo, a participação de agremiações partidárias, facções criminosas, grupos terroristas ou mesmo paramilitares em qualquer das fases do crime (cogitação, preparação e execução).
Em um inquérito anterior, a investigação inicial já havia considerado que Adélio Bispo agiu sozinho no momento do ataque e que a motivação teria sido “indubitavelmente política”. Ele então foi indiciado por prática de atentado pessoal por inconformismo político, crime previsto na Lei de Segurança Nacional.