A Peste Bubônica voltou a virar notícia no início de julho de 2020, quando casos da doença foram confirmados na Ásia. A infecção é assustadora para quem conhece um pouco de história: durante a Idade Média, quase um terço da população europeia morreu em uma pandemia da doença.
A seguir, saiba mais sobre a enfermidade que já tirou a vida de tantas pessoas — e ainda é motivo de preocupação:
1. O que é
A Peste Bubônica é uma das três doenças causadas pela bactéria Yersinia pestis: as outras duas são peste septicêmica e peste pneumônica.
O microrganismo é transmitido principalmente por pulgas que atingem animais de pequeno porte, como ratazanas. Em humanos, a exposição a animais doentes pode levar à infecção pela bactéria.
2. Sintomas
Dentre os sintomas da Peste Bubônica estão febre, calafrios, fraqueza e dificuldade para respirar. Ainda assim, o principal sinal da doença é a formação de nódulos (chamados bubões) pelo corpo.
3. Diagnóstico e tratamento
Para diagnosticar a doença, os médicos procuram pela presença de bubões e/ou sinais de que o paciente foi picado por uma pulga. Exames de sangue também podem auziliar no diagnóstico da infecção. O tratamento é feito com antibióticos, que podem mudar de acordo com a gravidade do caso.
4. A pandemia do século 14
A pandemia de Peste Bubônica aterrorizou a Europa entre 1346 e 1353, quando matou quase um terço da população do continente. À época, as péssimas condições de higiene e a falta de conhecimento médico colaboraram para a disseminação da doença entre as pessoas.
Mesmo após o fim da fase aguda da pandemia no século 14, ocorreram outras ondas de infecção ao longo da história, principalmente até o fim da Idade Moderna (século 18).
De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em 21 de maio de 1900 foi declarada uma epidemia da doença no Rio de Janeiro. Somente naquele ano, foram contabilizados 295 mortos na cidade.
5. Casos recentes
Apesar de rara, a Peste Bubônica ainda ocorre, principalmente em áreas rurais onde há mais contato com animais selvagens que podem estar infectados pela Yersinia pestis. Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, entre 2000 e 2018 houve entre 1 e 17 casos da doença por ano no país, sendo a taxa de fatalidade menor ainda.