As mais recentes sondagens sobre as preferências do eleitorado para a corrida presidencial de 2026 têm apontado a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro (PL), e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como as primeiras opções do centro à direita nas simulações sem o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas urnas, como mostra reportagem de capa da revista Veja desta semana. Mas os mesmos levantamentos também têm revelado, de forma constante, outra constatação: a de que o governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), só cresce, de acordo com o Paraná Pesquisas.
O último levantamento, realizado entre os dias 27 de abril e 1º de maio e divulgado nesta sexta-feira , 24, mostra o paranaense com 17,6%, o maior patamar já alcançado até aqui desde que seu nome começou a ser testado pelo instituto como possível substituto de Bolsonaro, que hoje está inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral. O ex-presidente foi condenado por abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação do Planalto. Nessa simulação, Ratinho ficaria atrás de Lula, que marca 36,3%, e à frente do ex-ministro Ciro Gomes (PDT), com 13,8%, e do governador gaúcho, Eduardo Leite (PSDB), que alcança 4,9%. Tarcísio não participa.
Em março deste ano, Ratinho Jr. havia registrado 14,6% no melhor dos cenários. Em outubro do ano passado, tinha 12,8%. Com apenas 43 anos e cumprindo seu segundo mandato no comando do Paraná, Ratinho tem 79% de aprovação e bons indicadores para mostrar em uma eventual campanha presidencial. O cartão de visitas está na área econômica, onde o estado avança com programas de concessões e taxas de atividade econômica. No ano passado, o PIB avançou 5,8%, o dobro da média nacional e acima das altas de Goiás (4,4%), Minas (3,1%) e São Paulo (0,8%).
Cautela
Apesar da alta registrada nas pesquisas, Ratinho, por enquanto, não colocou seu nome como opção oficial da centro-direita para 2026. “O momento exige de cada governante uma reflexão de como podemos contribuir para tornarmos o país melhor. Agora, não é hora de discutirmos nomes, mas sim projetos que tornam a vida do brasileiro melhor”, disse a Veja.
Mais discreto, o governador aguarda as movimentações dos demais colegas interessados no cargo para avaliar se brigará ou não para ter o apoio de seu partido, o PSD, que hoje é base do governo Lula, com três ministérios. O paranaense também acompanha os passos de Tarcísio, que teria a primazia de se lançar com o apoio do ex-presidente e hoje é o governador que mais pontua em todas as simulações testadas.