Uma pesquisa publicada pela revista Matter mostrou que é possível restaurar a função erétil de porcos através de um tecido sintético. A descoberta foi considerada promissora, já que o método pode vir a ser aplicável em humanos.
A chamada túnica albugínea (ATA) é um tecido resistente e elástico que cobre o corpo do pênis. É um tecido conjuntivo de dupla camada que consiste em uma camada longitudinal externa e uma camada circular interna. Segundo o estudo, liderado pelo cientista Xuetao Shi, a estrutura de fibra ortogonal ATA tem papel vital na ereção peniana.
Conforme artigo da Phys.org, os pesquisadores chineses disseram que outros tecidos do corpo foram usados para fazer remendos para substituir uma túnica albugínea danificada, mas às vezes são rejeitados pelo sistema imunológico.
Como o experimento foi feito?
Pênis de porcos adultos saudáveis foram obtidos do matadouro local, e o excesso de tecido foi removido com um bisturi. O comprimento de cada pênis de porco era de 10 a 15 cm. Todos os pênis de porco foram divididos aleatoriamente em quatro grupos.
O grupo normal não foi tratado e os demais grupos tiveram um pedaço de AT de 8 × 8 mm removido. O outro grupo apresentava a doença de Peyronie – lesões que causam danos à bainha fibrosa do tecido peniano conhecida como túnica albugínea.
De acordo com o estudo, os animais foram sacrificados de forma humana seguindo as diretrizes da Lei de Bem-Estar Animal no 30º e 60º dias após a cirurgia.
Para o estudo, os pesquisadores testaram o tecido artificial em porcos miniatura Bama com lesões na túnica albugínea. Os adesivos ATA e uma injeção salina restauraram a função erétil “semelhante à do tecido peniano normal”, disseram eles. “A ereção do pênis voltou ao normal após a sutura da ATA na parte lesada, e o prognóstico a longo prazo foi satisfatório”, concluiu.
Os pesquisadores disseram que as descobertas “são promissoras para reparar lesões penianas em humanos” e podem ser estendidas a muitos outros tecidos de suporte de carga”.