segunda-feira 23 de dezembro de 2024
Foto: Rosinei Coutinho/STF
Home / DESTAQUE / Pela ética, Moraes deveria se afastar de caso Bolsonaro
quinta-feira 15 de fevereiro de 2024 às 11:14h

Pela ética, Moraes deveria se afastar de caso Bolsonaro

DESTAQUE, JUSTIÇA, NOTÍCIAS


Do ponto de vista ético e psicológico, Alexandre de Moraes deveria se afastar do julgamento de Jair Bolsonaro (PL), afirmou o jurista e colunista Wálter Maierovitch no Uol News desta quinta (15).

Estamos diante de uma questão ética. Desde a Idade Média, sabe-se que aquele que apura não pode atuar em futuro processo em que irá julgar.

Moraes está atuando e se coloca ética e psicologicamente impedido de atuar. Ele deveria se afastar porque está mencionado. Se o golpe desse certo, estaria submetido à prisão e até a uma sanção de morte. Não é possível que alguém não se afaste de uma investigação tendo em vista estas circunstâncias.

Wálter Maierovitch, colunista do Uol

Maierovitch frisou que, embora se questione a permanência de Moraes no caso Bolsonaro, o afastamento dele seria impróprio pela fase em que se encontram os inquéritos policiais.

É importante se colocar que uma coisa é o que está sendo apurado. Outra são os crimes que aparecem. Nesse mosaico amplo, no qual se atacou o Estado Democrático de Direito e se tentou o golpe de Estado, há tantos outros crimes e pessoas que, de alguma forma, passam a ser elementos desse inquérito.

Moraes é um deles, por exemplo, assim como Gilmar Mendes, outro ameaçado de morte. Perante o cidadão, a Justiça tem que estar em uma postura de imparcialidade. Quem não vê que Moraes foi mencionado e está carimbado nesse processo? Ele sofreu uma infâmia enorme e foi ameaçado de prisão e morte. Isso é muito pesado. O próprio Moraes deveria se afastar.

Agora, nesta fase de inquérito policial, não há possibilidade de se arguir suspeição ou impedimento, que são matéria processual.

Wálter Maierovitch, colunista do Uol

Veja também

CNJ afasta juiz suspeito de comprar fazenda de R$ 30 milhões com propina

O ministro Mauro Campbell Marques, corregedor do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão que fiscaliza o Poder Judiciário, …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

error: Content is protected !!