Atingidos pela cláusula de barreira e sem acesso a recursos do Fundo Partidário, três partidos “nanicos”, sem representatividade no Congresso, lideram o ranking de custo médio por candidato nestas eleições. Segundo o Estadão, são eles: PCB, que poderá gastar até R$ 16,7 mil por concorrente; PCO, com R$ 12,8 mil; e UP, a sigla mais recente a obter registro, com R$ 9,3 mil. Cada uma dessas siglas receberá R$ 1,2 milhão do fundo eleitoral. No total, serão distribuídos R$ 2 bilhões para campanhas.
Na lista das dez siglas com mais verba, na média, por concorrente, estão ainda o PSTU e a Rede Sustentabilidade, que elegeu uma deputada em 2018, mas não obteve o número mínimo de votos para escapar da cláusula de barreira. Segundo levantamento feito pelo Estadão, o PSTU terá R$ 6 mil por candidato e a Rede, R$ 5,9 mil.
A divisão de 98% dos recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha leva em consideração o número de votos de cada partido na eleição anterior e a representatividade no Congresso. Apenas 2% são divididos de forma igualitária entre as siglas com registro válido seis meses antes da eleição. Novo e PRTB abriram mão da verba.
A média depende, portanto, do número de candidatos lançados por partido. PCB, por exemplo, só lançou 74 em todo o País, e o PCO, 96. Outras siglas também sem representatividade optaram por apresentar mais nomes nas urnas, como o Partido da Mulher Brasileira (PMB), que, com 2,8 mil postulantes a cargos de prefeito, vice e vereador, registra a mais baixa média por concorrente: R$ 436.
Já os partidos mais votados nas últimas eleições – PSL e PT – terão, em média, R$ 9 mil e R$ 6,4 mil, respectivamente, do fundo para cada candidato. A diferença é explicada pelo número de candidatos. O PSL, dono da maior fatia do fundo público (R$ 199,4 milhões) tem 21,9 mil candidatos, enquanto o PT registrou 31,3 mil.