Realizada nesta terça-feira (31), a convenção da coligação proporcional de PPS, PHS e PV caiu como uma bomba na base do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), e pode provocar, inclusive, a desistência de pré-candidatos de siglas maiores, como DEM e PSDB, em disputar as eleições.
O ato político foi uma mostra de que as legendas menores tendem a cumprir a promessa de não aderir ao “chapão” defendido pelo prefeito e causou preocupação e desânimo entre muitos pré-candidatos de siglas de maior peso, que temem não conseguir votos suficientes para se eleger no cenário das “chapinhas”.
Apesar de os dirigentes dos menores partidos sinalizarem há meses que não participariam do “chapão”, as lideranças das maiores legendas imaginavam (ou previam) que Neto conseguiria reverter o cenário.
Não foi o que ocorreu. Após anunciar sua desistência em disputar o governo do Estado, o democrata viu sua liderança diminuir – ou ao menos ser “relativizada” – diante do grupo e os “nanicos” aproveitaram para “meter o pé na porta”, incentivados ainda pela necessidade de tempo de televisão da campanha de José Ronaldo (DEM).
O Palácio Thomé de Souza e a direção dos “grandões” ainda tentam modificar o quadro, mas ainda não se sabe se terão sucesso.
Por Rodrigo Aguiar