O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), acionará o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta sexta-feira (2) para pedir a retirada do último pronunciamento feito em cadeia nacional pelo presidente Lula da Silva (PT) de todas as mídias em que o conteúdo tenha sido veiculado.
O partido alega que Lula aproveitou o espaço para fazer “propaganda eleitoral extemporânea”. Anteriormente, o PSDB também havia pedido a remoção do conteúdo pelo suposto uso indevido do meio.
“Não se pode admitir que o mandatário maior da nação se utilize de pronunciamento em cadeia nacional para: comparar forças políticas antagônicas e realizar críticas ao governo anterior, exaltando supostas qualidades pessoais do Presidente da República e de seu partido”, diz um trecho do documento do PL, que será protocolado.
No pronunciamento em questão, feito no último dia 28, Lula fez um balanço de seu governo e o comparou com o de seu antecessor, Jair Bolsonaro. O presidente afirmou que a gestão passada deixou o país “em ruínas”.
— Cortaram os recursos da educação, do SUS e do meio ambiente. Espalharam armas ao invés de empregos. Trouxeram a fome de volta. Deixaram a maior taxa de juros do planeta. A inflação disparou e atingiu 8,25%. O Brasil era um país em ruínas. Diziam defender a família. Mas deixaram milhões de famílias endividadas, empobrecidas e desprotegidas — afirmou.
Na segunda-feira, o PSDB fez o mesmo movimento. A legenda tucana aponta uso indevido do meio de comunicação, uma vez que o chefe do Executivo teria adotado, na visão do presidente nacional da sigla, Marconi Perillo, um discurso eleitoreiro.
“Neste domingo, 28 de julho, o presidente usou desse expediente para fazer propaganda da divisão do país da qual ele é um dos protagonistas e espalhar dados eleitoreiros para subsidiar o discurso de seus candidatos a prefeito e vereador neste ano”, disse o presidente do PSDB, em nota.
No mesmo dia, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, rebateu os tucanos, e insinuou que a sigla estava auxiliando Bolsonaro.
— Por que eles querem censurar o presidente Lula? Para prestar serviço a Bolsonaro ou para esconder os avanços do governo Lula? Parece que o fracasso político subiu à cabeça do comando tucano — afirmou Gleisi.