A possibilidade de uma nova greve dos caminhoneiros neste domingo (25) deixa os brasileiros apreensivos. Embora exista muita divergência entre as lideranças da categoria, algumas associações e sindicatos estão dispostos a uma paralisação para protestar contra o aumento no preço dos combustíveis.
A principal queixa é em relação à política de Preço de Paridade de Importação (PPI) da Petrobras, que regula o preço dos combustíveis de acordo com o mercado internacional. Em 2018, quando houve a primeira grande paralisação dos caminhoneiros, o preço do diesel era de RS$ 2,93/litro – hoje varia por volta de RS$ 4,30/litro. Naquele ano, houve desabastecimento de mercados, redução na frota de ônibus e escassez de combustíveis em todo o País.
As entidades que representam os caminhoneiros no Brasil são difusas e regionais, o que dificulta uma mobilização em nível nacional. O Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logísticas do Estado de Minas Gerais (Setcemg) afirma “não haver clima” para uma paralisação como a de 2018, segundo a Rádio Itatiaia.
Já os transportadores autônomos da Baixada Santista decidiram apoiar a paralisação. O presidente do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) convoca a greve nacional, em vídeo que circula nas redes sociais. “É lamentável termos que passar humilhação para podermos trabalhar. Ninguém aguenta mais”.
Quem também apoia a greve é a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL) e o Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC).
Outra importante entidade da categoria, a Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava) não irá aderir ao movimento, de acordo com seu presidente, Wallace Landim “Chorão”, um dos líderes da greve de 2018. “Consideramos justa a ação da categoria dos caminhoneiros autônomos nessa paralisação, no entanto, a Abrava não participará”, afirmou Landim ao jornal Gazeta do Povo.