Lideranças petistas têm comparado segundo Fábio Zanini, na coluna Painel, que a discussão sobre cortes de gastos pelo governo Lula com um pacote fiscal lançado pela então presidente Dilma Rousseff (PT) no início de seu segundo mandato, em janeiro de 2015.
Muitos dos pontos propostos pelo então ministro da Fazenda, Joaquim Levy, guardam semelhança com medidas que vêm sendo cogitadas no momento, como alterações no seguro-desemprego. Levy também propôs endurecimento nas regras do auxílio-doença, pensão por morte e seguro defeso, pago a pescadores.
Na época, o pacote enfrentou forte resistência na bancada do PT, e as medidas que foram aprovadas acabaram desidratadas. O esforço fiscal pretendido, de cerca de R$ 25 bilhões, ficou longe de ser alcançado, e o próprio Levy acabou sendo rifado por Dilma menos de um ano depois.
Segundo um parlamentar do partido, o ambiente atual na bancada petista, embora não seja tão belicoso quanto o de quase dez anos atrás, também é de resistência à redução de direitos. Caso o pacote foque mais em correção de irregularidades, a reação deve ser mais amena, no entanto.