Desde o início de julho, os grupos políticos de Ciro Gomes e Eduardo Paes estiveram juntos pelo menos três vezes para conversar conforme a coluna de Lauro Jardim no jornal O Globo, entre outros assuntos, sobre alianças para as eleições de 2022. Na pauta, uma possível união de forças que beneficie Rodrigo Neves, do PDT, e Felipe Santa Cruz, hoje presidente da OAB, numa futura chapa ao governo do Rio de Janeiro.
As duas primeiras reuniões foram almoços oferecidos na capital por Paes, que apoia Santa Cruz para o Palácio Guanabara. No dia 9, além do advogado, ele esteve com Neves e Axel Grael, sucessor do ex-prefeito de Niterói. No dia 13, conversou com Ciro, que estava em agendas pelo Rio, e Carlos Lupi. Há uma semana, em Búzios, foi a vez de Santa Cruz receber Neves. As conversas se estenderam por telefone.
Ainda embrionárias, a intenção das conversas é criar uma terceira via às candidaturas de Cláudio Castro e Marcelo Freixo, que têm potencial para aglutinar eleitores fluminenses de direita e de esquerda, respectivamente.
No entanto, o cenário nacional é um entrave.
Enquanto o PDT de Neves é um palanque importante para Ciro, Paes já anunciou apoio à busca de Eduardo Leite, do PSDB, pelo Palácio do Planalto. Ao mesmo tempo, o PSD, novo partido do prefeito, trabalha pela candidatura de Rodrigo Pacheco. E Lula, com quem Paes esteve em junho, nunca deixou de ser um aliado possível.