A pedido do Ministério Público Federal, o Inema não concedeu a licença que autoriza a construção de nova pista de pouso e decolagem do aeroporto de Salvador.
Segundo os órgãos, a medida foi tomada para evitar que obras afetem “gravemente” a Área de Preservação Ambiental (APA) Lagoas e Dunas do Abaeté – território que não pertence à unidade aeroportuária.
O MPF e o Inema avaliam que os impactos ambientais causados pela ampliação do aeroporto comprometeriam entre 70% a 80% das áreas e dificilmente conseguiria se manter em equilíbrio ecológico após a obra.
Após a publicação da matéria, a Vinci Airports se manifestou por meio de nota:
“A Concessionária do Aeroporto de Salvador informa que não existe no pequeno e médio prazo a previsão da construção uma terceira pista. O equipamento tem duas pistas – uma auxiliar que acabou de ser reformada e a principal – que atendem bem à demanda do Aeroporto de Salvador pelos próximos anos. Nenhuma delas foi ou tem previsão de ter o comprimento ampliado.
Com a recente obra na pista auxiliar, entregue no início de outubro, ela também passará a receber voos comerciais. Além disso, outros mecanismos podem ser usados para comportar aumentos de fluxo no Aeroporto.
A VINCI Airports tem uma política ambiental bastante rigorosa e todos aeroportos que integram a sua rede atuam em conformidade com todas as legislações e regulamentações aplicáveis. Quando surgir a necessidade de construir uma outra pista, o projeto atenderá às normas cabíveis e um diálogo será iniciado com a sociedade.
As obras de ampliação que estão em curso se referem ao Terminal de Passageiros. A expansão de cerca de 20.000m² acontece dentro do terreno atual do Aeroporto, está prevista no Contrato de Concessão e obedece a todas as exigências legais”.