Chamando o governo federal de “campeão das queimadas”, a oposição no Senado afirma conforme a revista Veja, que as últimas três propostas orçamentárias do próprio Executivo contradizem o discurso do presidente Lula da Silva (PT) e da ministra Marina Silva tentando “se eximir de qualquer responsabilidade sobre o problema”.
“No comparativo de janeiro a novembro de cada ano, a área queimada (km²) em 2024 foi 62% maior que no último ano, com o registro de mais de 564 mil quilômetros quadrados de destruição, e 85% maior que o pior resultado do governo Bolsonaro, quando foram registrados 303 mil km² em 2019”, diz o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN).
Ele questiona por que, mesmo sabendo que estava por vir em 2024 um El Niño mais severo que em 2023, o governo enviou ao Congresso projeto de Lei Orçamentária Anual reservando 182 milhões de reais para as ações de monitoramento, prevenção, fiscalização e combate às queimadas e incêndios depois de utilizar 230 milhões de reais em 2023.
“Talvez um bom indicador que possa pôr fim a essa dificuldade de reconhecimento dos próprios erros, mesmo que de forma indireta, seja ao analisar o valor proposto pelo governo para 2025”, de 330 milhões de reais, afirma Marinho.
“Ao que parece, ao propor (valor) 80,7% maior que o proposto no PLOA 2024, o governo não quer mais correr o risco de se prender apenas às narrativas como solução única aos problemas”, acrescenta o senador.