Durante o I Simpósio TelComp 2021, evento promovido pela Associação Brasileira das Prestadoras de Serviço de Telecomunicações Competitivas hoje, em Brasília, o segundo debate teve como tema principal as barreiras, sugestões de aperfeiçoamento e expectativas das Competitivas frente ao leilão do 5G, que será uma oportunidade que as prestadoras competitivas terão para participar de forma mais ativa do mercado de Telecomunicações Móveis, por meio da aquisição de frequências.
As operadoras competitivas defendem que o edital do leilão não tenha viés arrecadatório, que encareceria quaisquer investimentos. A UM Telecom, associada da TelComp é uma das interessadas em participar do leilão. De acordo com o CEO da empresa, Rui Gomes, é preciso que as condições sejam justas para viabilizar os investimentos por parte das competitivas, que são estratégicas para prover internet na maioria das localidades.
O Deputado Vitor Lippi, relator do grupo de trabalho e da subcomissão do 5G da Câmaras dos Deputados afirmou que está empenhado em melhorar a legislação brasileira no que tange o setor de telecomunicações. “Temos um projeto de lei que simplifica a questão das antenas, que prevê que a instalação dos equipamentos caia de 1 ou 2 anos para 60 dias. Já aprovamos esse projeto em várias comissões, agora precisar ser pautado para ser votado”, afirmou o parlamentar. A expectativa dele é que até o fim do ano ele seja aprovado.
Já o Senador Esperidião Amin destacou a importância das operadoras competitivas na educação. “Se a escola não tiver internet, jamais será atualizada. A conectividade é uma ferramenta para se modernizar e proporcionar um ensino digno”, disse o Senador, que enalteceu o posicionamento da TelComp. “Esse trabalho da TelComp é a manifestação de reação saudável do capitalismo. O leilão do 5G não pode ser exclusivo, tem de ser inclusivo, caso contrário, ele mata a competitividade”, acrescentou.
A Secretaria de Desenvolvimento da Infraestrutura do Ministério da Economia tem a preocupação de que a área de telecomunicações seja reconhecida como um setor de infraestrutura. Essa afirmação foi feita pelo Secretário Adjunto da pasta, Gabriel Fiuza. “É um setor que está sempre se reinventando e nossa área está trabalhando para reduzir a burocracia e melhorar o ambiente de negócios para as empresas que atuam nesse segmento”, declarou o secretário. Ele defende uma agenda de infraestrutura 4.0, onde diversos setores ficarão cada vez mais integrados.
Cristiene Evaristo, Gerente Regulatório da Algar, associada TelComp, acredita que a discussão sobre o leilão do 5G deve ser permeada por toda uma gama de ações que antecedem o leilão propriamente. “Tem de haver toda uma preparação prévia para que o 5G flua. Tem de ser uma competição justa e equilibrada entre todas as operadoras, grandes ou pequenas. Nós, as operadoras de pequeno porte, estamos demonstrando que queremos trabalhar. Percebemos que o Congresso Nacional e o Executivo apostam no nosso setor e com a ajuda dos poderes vamos impulsionar a transformação da sociedade”, conclui Cristiene