O coordenador do governo de transição, Onyx Lorenzoni, afirmou nesta última segunda-feira (12) que Gustavo Bebianno deve ser ministro da Secretaria-Geral da Presidência no governo de Jair Bolsonaro.
Em entrevista, Onyx chamou o advogado e ex-presidente do PSL de futuro ministro ao falar sobre reunião que ambos tiveram nesta segunda com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
“Ainda hoje, junto com o futuro ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, fomos à casa do presidente da Câmara dos Deputados, conversamos sobre o cenário atual, sobre o cenário futuro, e apresentamos a ele a condição de poder avaliar como é que nós pretendemos trabalhar com a Câmara dos Deputados”, disse.
Ao ser questionado sobre se a indicação de Bebianno já havia sido confirmada, Lorenzoni disse que isso dependeria de Bolsonaro, mas disse que desejaria vê-lo no cargo: “Ele é um parceiro de todas as horas.”
Com a indicação de Bebianno para o posto, o número de ministérios do futuro governo pode aumentar mais uma vez. Inicialmente, Bolsonaro trabalhava com um corte das quatro pastas do Palácio do Planalto para apenas duas: Casa Civil e GSI (Gabinete de Segurança Institucional).
Onyx, que assumirá a Casa Civil, disse que devem ser mantidos três ministérios no Planalto. Além dele e de Bebianno, o general Augusto Heleno foi confirmado como chefe do GSI.
Antes mesmo de assumir a Presidência da República, o presidente eleito já tem dificuldades em manter promessas de campanha: de não distribuir cargos para seus aliados e de reduzir o número de ministérios à quase metade.
Ao lançar-se candidato, ele prometeu cortar as 29 pastas para 15. Mais recentemente, ao desistir de fusões, já admitiu um número maior, que pode chegar a 18.
A indicação de Bebianno para um Ministério ocorre após uma disputa interna de aliados de Bolsonaro por poder. Embora tenha sido um dos nomes mais fortes durante a campanha, ele não havia sido indicado para nenhum cargo de comando no governo de transição até o fim da última semana.
Na quinta (8), após reunião do núcleo-duro do futuro governo, ficou definido que seria criada a Secretaria-Geral do gabinete de transição para acomodar Bebianno.