Um novo medicamento para perda de peso ganha fama no Congresso. Os deputados Arthur Lira (PP-AL) e o baiano Elmar Nascimento (União Brasil) recomendaram o Mounjaro ao senador Omar Aziz, que diz por aí ter perdido 20 quilos em nove semanas.
O senador pela Bahia, Jaques Wagner (PT) já está atrás do remédio, que está disponível nos Estados Unidos, mas ainda não chegou ao Brasil. A dose mensal custa pouco mais de 1.000 dólares (quase 5.000 reais, na cotação atual).
Antes de usar o medicamento, Aziz ligou para o cardiologista Roberto Kalil Filho e o infectologista David Uip. Nenhum deles vetou a substância.
O medicamento tirzepatida, vendido sob a marca Mounjaro, teve o registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicado, nesta segunda-feira (25), no Diário Oficial da União.
A injeção do Mounjaro, que teve uso aprovado nas concentrações de 5 mg/mL, 10 mg/mL, 20 mg/mL, 25 mg/mL e 30 mg/ML, serve para o tratamento da diabetes mellitus tipo 2.
Segundo a agência, ele tem efeito superior a concorrentes – como o Ozempic, outro famoso medicamento para diabéticos.
Assim como o Ozempic, o Mounjaro provoca perda de peso, tendo efeito para o controle do sobrepeso e obesidade.
No registro, a Anvisa destacou que o medicamento é indicado para uso em conjunto com a realização de dieta e exercícios “para melhorar o controle glicêmico de adultos com diabetes mellitus tipo 2”.
“Estudos evidenciaram que a tirzepatida reduz efetivamente a HbA1c [hemoglobina glicada] e espera-se que resulte em redução do risco de doença microvascular a longo prazo, prevenindo cegueira, insuficiência renal com necessidade de diálise e amputação devido à neuropatia”, disse a Anvisa.