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sexta-feira 20 de agosto de 2021 às 10:40h

O que já se sabe sobre operação da PF contra Sérgio Reis e deputado bolsonarista

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A Polícia Federal cumpre, nesta sexta-feira (20), mandados de busca e apreensão em endereços do cantor Sérgio Reis e do deputado bolsonarista Otoni de Paula (PSC-RJ). Os mandados foram autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

O foco das apurações são convocações para atos antidemocráticos e contra o STF para 7 de setembro. Os investigadores apuram ainda o apoio de empresários do agronegócio a esses movimentos.

Conforme o Yahoo Notícias, foram 29 mandados sendo executados. Na manhã desta sexta, agentes da Polícia Federal já estiveram ao menos em quatro endereços ligados ao cantor, no Rio de Janeiro e em Brasília. Policiais realizaram buscas também na casa e no gabinete do parlamentar.

Em nota, a PF informou que “o objetivo das medidas é apurar o eventual cometimento do crime de incitar a população, através das redes sociais, a praticar atos violentos e ameaçadores contra a Democracia, o Estado de Direito e suas Instituições, bem como contra os membros dos Poderes”.

Agressão a Pacheco e a ministros do STF

A investigação que motivou a operação da Polícia Federal desta sexta-feira sobre atos violentos e intimidatórios contra a democracia aponta ameaças de agressão contra autoridades.

Segundo apuração da Globonews, há indícios de ameaças a ministros do STF, a senadores e ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). As investigações de ameaças de agressão envolvem além de Sergio Reis e Ottoni de Paula, empresários e o sindicalista Wallace Landim, conhecido como Chorão.

Cantor negou ter medo de ser preso

Após gerar polêmica nos últimos dias por convocar uma greve de caminhoneiros nas vésperas do 7 de setembro para atacar o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF), o cantor e ex-deputado federal Sérgio Reis foi alvo de duras críticas.

No entanto, a posição de Reis não mudou. “Se não fizer uma paralisação, não muda esse país”, declarou em entrevista ao jornal O Globo. Além disso, foi além e disse não temer ser preso. “Eu não tenho medo de ser preso. Não sou frouxo. Não sou mulher. Cadeia é para homem”, disse.

Ainda assim, o ex-deputado afirma se arrepender de ter gravado o áudio. “Eu estava conversando com um amigo. Era tudo brincadeira. Ele postou no grupinho dele e aquilo foi para fora. E isso me prejudicou muito”, contou. “Eu me arrependo demais de ter falado com um amigo. Amigo da onça, sabe como é.”

Deputado bolsonarista diz que “não tem medo de tirania”

Após o fim das buscas em sua casa, Otoni iniciou uma transmissão ao vivo no Facebook, na qual afirmou não temer a tirania e classificou a ação do ministro Alexandre de Moraes como uma “vergonha”.

O deputado bolsonarista relatou que os agentes levaram um celular e um notebook e que ele recebeu uma intimação para comparecer à Polícia Federal ainda nesta sexta-feira.

“Vamos em frente, com muita coragem, mostrando que nós não temos medo de tirania, seja ela de quem for, inclusive do senhor tirano ministro Alexandre de Moraes. Que vergonha, ministro”, disse.

Durante os cerca de nove minutos de transmissão, o parlamentar também disse que o ministro tem uma “postura antidemocrática” e que, “um dia, todos darão conta a Deus”.

“Que postura antidemocrática que vossa excelência tem tido. Mas é assim mesmo. Um dia nós todos, ministro, vamos dar conta a Deus. Eu vou dar conta a Deus e o senhor também vai dar conta a Deus. Se a justiça aqui na terra falhar, a justiça divina, essa não falha nunca”, afirmou.

Parlamentar já foi denunciado por crimes de difamação

Em julho de 2020, Otoni de Paula já foi alvo de denúncia da PGR ao STF para apurar supostos crimes de difamação, injúria e ofensas ao ministro Alexandre de Moraes. Um mês depois, a Justiça determinou que as postagens referidas na denúncia fossem excluídas.

Nos registros, Otoni chamava Moraes de “lixo” e “canalha”, acusando o magistrado de tirania. Na ocasião, o deputado era um dos vice-líderes do governo Bolsonaro, cargo que ele já não ocupa.

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