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quinta-feira 27 de outubro de 2022 às 07:11h

O que esperar do debate entre Tarcísio e Haddad na Globo? Veja o que dizem analistas

ELEIÇÕES 2022, NOTÍCIAS


O ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) participam nesta quinta-feira (26) do último debate do segundo turno na disputa pelo governo de São Paulo. O encontro na Globo, que será mediado pelo jornalista César Tralli, começa às 22h.

No primeiro turno, Tarcísio obteve 9,9 milhões de votos, ou 49,45% do contabilizado pela Justiça Eleitoral. Haddad recebeu 8,3 milhões de votos, ou 35,7% do total.

Cientistas e analistas políticos ouvidos pelo Estadão afirmam que o debate ainda deverá trazer assuntos federais e a polarização a nível nacional, mas a prioridade da discussão deve se voltar para o Estado.

Para o cientista político Marco Antônio Teixeira, pautas como a privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) devem ganhar força. “Você tem toda uma discussão em relação à Sabesp e de politicas de segurança. De alguma maneira, parece que a nacionalização bateu no limite”, diz. “Não faria nenhum sentido os postulantes do Estado de São Paulo não terem de alguma forma trazido esse debate sobre algumas questões que são cruciais.”

Paulo Ramirez, cientista político e professor de sociologia da Escola Superior de Publicidade e Marketin (ESPM), acredita que o debate ganha força após a última pesquisa Ipec apresentar empate técnico entre os dois. Para ele, a polarização nacional continuará uma vez que os dois candidatos estão ligados aos presidenciáveis na disputa e ambos tem índices de rejeição altos.

“A tendência é que o debate gire em torno das rejeições. Na campanha de TV e rádio, Haddad tem tentado mostrar uma certa independência em relação ao PT em relação às parcerias público-privadas e Tarcísio tenta se associar mais ao presidente do que ao seu partido”, afirma.

Cientista político da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Eduardo Grin acredita que enquanto Tarcísio estará na defensiva, Haddad deve partir para o ataque. Ele avalia que o candidato do Republicanos foca em não perder os votos. “Ele faz uma conta que já tem a eleição ganha”, afirma. Haddad, por sua vez, buscará os indecisos, que, segundo Grin, podem decidir a eleição em favor do petista. “Haddad vai fazer um debate no sentido de explorar contradições, gerar dúvidas, gerar insegurança e fazer o eleitor indeciso pensar sobre se realmente vale a pena dar o voto em Tarcísio.”

Grin pondera que, em relação aos temas, deve repetir a lógica de nacionalização da campanha. Haddad deve retomar críticas à gestão da pandemia de Bolsonaro, assim como Tarcísio deve abordar a corrupção durante os mandatos petistas. O cientista político também acredita que o candidato do PT trará ao debate as polêmicas recentes que abalaram o bolsonarismo, como a do “pintou um clima” e o incidente com Roberto Jefferson.

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