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sábado 30 de dezembro de 2023 às 09:00h

O que esperar da Inteligência Artificial em 2024?

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Se você nunca tinha escutado a expressão “inteligência artificial” antes de 2023, certamente não passou impune durante o ano. Depois do sucesso do Chat GPT, da OpenAI, as gigantes da tecnologia correram segundo Bruno Pavan, da IstoÉ, para desenvolver uma ferramenta de IA para chamar de sua.

“Se pensarmos que no final de 2022 foi o lançamento do ChatGPT, o salto que foi dado com o GPT4 foi incrível. Certamente, 2023 foi o ano em que vimos um avanço exponencial”, apontou o especialista em tecnologia Arthur Igreja.

Novidades vão continuar em 2024

No último dia 6 de dezembro o Google lançou oficialmente a sua ferramenta de linguagem multimodal (LLM, na sigla em inglês) chamada Gemini. A companhia prometeu que a plataforma é mais rápida e completa que o GPT-4. Meta e Microsoft também anunciaram as suas próprias ferramentas. Igreja acredita que as novidades das big techs nesse sentido vão continuar em 2024.

“Não só vai continuar como também aumentará em 2024, pois está na agenda de todas as empresas e se tornou algo absolutamente não só estratégico como essencial. É uma corrida pela dominância, por aplicar a inteligência artificial nos mais variados segmentos tecnológicos. A IA é uma camada de tecnologia gigantesca”, acredita.

Ainda há espaço para melhorias nas ferramentas

Após o aumento da capacidade de processamento das IAs, o especialista acredita que o próximo passo a ser dado será na melhoria das ferramentas, com textos melhores e imagens e vídeos mais realistas. A questão da privacidade também será alvo de debates.

“Há três anos, os vídeos criados a partir de IA eram extremamente precários e agora já começam a tomar uma certa forma. Se no mundo das imagens estáticas teve um avanço muito importante, a próxima fronteira será vídeo. Atualmente, a IA ainda tem muitos erros, especialmente, nos modelos de linguagem natural. Uma taxa ainda expressiva de alucinação, falta de confiabilidade no que é feito. Isso vai ser refinado. Vamos falar muito sobre privacidade, criar alguma espécie de identificador para um conteúdo que é puramente sintético, por um conteúdo que foi adulterado por IA”, aponta.

Debate sobre regulamentação vai avançar

A União Europeia apresentou as primeira regras sobre o uso da IA no final de 2023, e isso deve incentivar outros países a adotarem medidas parecidas. No Brasil, o debate sobre o uso de deep fake deve tomar forma em ano de eleição municipal.

“Os desafios (dos Estados) são propriedade intelectual, direito autoral, veracidade, confiabilidade dessas ferramentas e o mau uso. As discussões sobre regulamentação certamente vão avançar. Será preciso saber identificar eventuais perigos que a IA poderá desencadear”, encerrou.

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