Segundo a coluna de Lauro Jardim no jornal O Globo, ele não será nem cassado e nem absolvido. O deputado estadual paulista Fernando Cury, que responde a uma denúncia de assédio sexual por ter apalpado sua colega Isa Pena na altura do seio dentro do plenário da Assembleia Legislativa de São Paulo não deve receber a pena máxima (perda do mandato). E nem ser perdoado pela Comissão de Ética que vai julgar o caso.
A tendência do relatório que será feito pelo petista Emídio de Souza é pedir que Cury seja punido.
Mas, de modo realista, quem conhece os integrantes da Comissão de Ética, que são majoritariamente conservadores, avalia que, se o relatório de Emídio pedir a cassação de Cury, será rejeitado.
Por isso, a tendência para que o caso não morra na praia é tentar que Cury seja punido com uma suspensão de mandato.
Por quanto tempo? Entre os deputados que acompanham o caso de perto, ninguém arrisca uma previsão.
Ser punido apenas com uma advertência é teoricamente possível, mas poderia produzir uma péssima repercussão na opinião pública. Há um grupo de deputados que trabalha para convencer os integrantes da Comissão de Ética, a quem cabe aprovar o relatório, justamente disso: o caso não pode ser varrido para debaixo do tapete. Então, se não for cassado, que Cury seja ao menos suspenso.