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sexta-feira 29 de setembro de 2023 às 18:40h

O PT e a possível dança das cadeiras entre Ministério da Justiça e STF

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Salvo alguma surpresa de última hora, a disputa pela vaga em aberto no STF se concentra em torno de três nomes: Flávio Dino, ministro da Justiça, Jorge Messias, advogado-geral da União, e Bruno Dantas, presidente do Tribunal de Contas da União. Se dependesse do PT, o escolhido por Lula seria Messias, tido como um quadro mais confiável ao presidente e com um perfil conciliador, algo que seria importante de acordo com reportagem de Sergio Ruiz Luz, da revista Veja, para unir alas do Supremo e tirar do isolamento alguns ministros.

Na hipótese de Messias não emplacar e o escolhido for Flávio Dino, o PT deve pressionar para que o novo titular da pasta da Justiça seja de alguém de confiança do partido. Embora Dino seja um nome respeitado pelos petistas, há a avaliação interna de que o governo precisa apresentar resultados mais expressivos diante dos problemas de segurança, área que sempre foi um grande desafio para a esquerda no país. Um exemplo sempre muito lembrado é a atual situação de descalabro na Bahia, governada pelos petistas há dezesseis anos.

Na hipótese de abertura do posto de titular da pasta da Justiça com a transferência de Dino para o STF, importantes alas do PT rejeitam que ele seja substituído pelo secretário-executivo da pasta, Ricardo Cappelli, e defendem um nome puro-sangue. Um dos quadros lembrados no momento para ocupar a vaga é o advogado Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do Prerrogativas, grupo de juristas de renome ligados ao PT. “Ele tem condição de assumir qualquer posto no governo, pois é qualificado, milita há tempos no partido e foi uma das vozes que se destacaram na luta contra os absurdos da Lava-Jato, mesmo quando a operação estava no auge da popularidade”, afirmou a VEJA um importante dirigente da sigla.

Um dos petistas mais próximos do presidente, Marco Aurélio também era um nome muito cotado para ocupar um dos ministérios no início da montagem do governo Lula. Acabou ficando de fora da Esplanada, para decepção das alas do petismo que pregam uma maior renovação dos quadros. Sondado para cargos técnicos, preferiu continuar na militância junto à sociedade civil. Dentro dessa mesma linha, posteriormente aceitou integrar o Conselhão do governo. Advogado de 45 anos de idade, gosta de lembrar sempre que milita no PT desde os 16.

Nas discussões internas sobre a área de segurança, costuma defender a necessidade de tratar o tema com transversalidade que ele exige, dentro da percepção que a desejável redução de índices de criminalidade só pode ocorrer com a ajuda de ações coordenadas na área econômica e social, a exemplo de melhores ofertas de trabalho para jovens e a execução de programas agressivos de políticas habitacionais. Ironicamente, se o desejo de Marco Aurélio se concretizar, ele não será ministro da Justiça, pois o advogado engrossa o coro petista em apoio ao nome de Messias ao STF. Nessa hipótese, Dino fica onde está, portanto.

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