Segundo a colunista Bela Megale, do O Globo, teria chamado atenção entre correligionários do PL a mudança de tom de Jair Bolsonaro (PL) sobre a possibilidade de um de seus filhos concorrer à Presidência da República, em 2026. Integrantes do partido afirmam que, há poucos dias, o capitão reformado passou a admitir, a portas fechadas, que um de seus herdeiros poderia concorrer à vaga. Até poucos meses atrás, ele rechaçava com todas as forças essa ideia.
Publicamente, Bolsonaro tem dito que o próprio será o candidato, mesmo inelegível. O ex-presidente já foi alertado por conselheiros jurídicos de que a chance de reverter a sua situação na Justiça Eleitoral é zero, ainda mais com as provas trazidas pela Polícia Federal no inquérito que indiciou ele e mais 36 pessoas por uma tentativa de golpe de Estado.
O plano de lançar um dos filhos de Bolsonaro encabeçando uma chapa não se limita ao capitão. O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, chegou a aventar, em entrevistas, a possibilidade de o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) concorrer ao Palácio do Planalto.
Uma parte da legenda avalia que o nome de Eduardo seria a opção ideal, por ele não ter enfrentado problemas Na Justiça como o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que foi alvo da investigação das rachadinhas, que acabou arquivada. Além disso, apontam que o deputado teria uma conexão maior com a militância de direita e lideranças internacionais, como o presidente eleito nos Estados Unidos, Donald Trump. Mas outra ala do PL avalia que o perfil “mais político e menos ideológico” de Flávio se encaixaria melhor em uma corrida pela Presidência.
A legenda tem contratado pesquisas para testar cenários de nomes da direita contra o presidente Lula, numa eventual eleição presidencial. Entre os potenciais candidatos que estão sendo incluídos nos levantamentos estão Jair Bolsonaro, Michelle Bolsonaro e os governadores Tarcísio de Freitas (São Paulo), Romeu Zema (Minas Gerais), Ronaldo Caiado (Goiás) e Ratinho Júnior (Paraná).
Até então, os filhos de Bolsonaro não foram testados nos levantamentos. Lideranças do PL estão insistindo para que eles sejam incluídos nas próximas pesquisas.