José Dirceu insiste segundo a revista Veja, em manter conversas pelo País afora com políticos, dirigentes partidários e potenciais aliados do ex-presidente Lula. Fala sobre política, sobre o futuro do Brasil, vislumbra o fim do governo Bolsonaro e fala na primeira pessoa do plural sobre o dia em que o ex-presidente voltará ao poder. Nas rodas petistas, não falta gente incomodada. Mas o fato é que ninguém se atreve a desautorizá-lo.
Um alto integrante da campanha petista resumiu à coluna o sentimento: “É claro que ninguém gosta, mas o que a gente pode fazer? É o Zé Dirceu.” No fim do ano passado, o repórter Sérgio Roxo, do jornal O Globo, relatou as peregrinações do ex-todo poderoso do governo Lula. Mostrou que ele visitou 11 Estados só no segundo semestre de 2021. Esteve com ex-ministros, líderes partidários e até um governador.
Outro petista próximo a Lula ouvido pela coluna jura de pés juntos que Dirceu não tem voz na campanha presidencial. Nem tem carta branca para falar em nome do partido ou do ex-presidente. A explicação dada por ele para tanto movimento é que Dirceu se utilizaria desses contatos para demonstrar a potenciais clientes que ainda tem influência. “Eu acho que isso é para que ele possa dar consultoria, palestras, esse tipo de coisa.”
Seja como for, integrantes da cúpula petista parecem ter ao menos uma certeza. Não importa o quanto José Dirceu seja incômodo para alguns, tudo indica que ele seguirá firme ali.