O futuro de Simone Tebet

Conforme Nonato Viegas, do Bastidor, a conversa era para discutir uma possível federação que abrigue PSDB e Cidadania (que já estão juntos), MDB e Podemos. Mas no encontro que reuniu os quatro presidentes se falou também sobre como deveria se posicionar Simone Tebet (MDB) no caso de vitória de Lula no próximo dia 30. A ideia é que, passadas as eleições, haja uma conversa com a senadora.

A avaliação de Baleia Rossi (MDB), Bruno Araújo (PSDB), Roberto Freire (Cidadania) e Renata Abreu (Podemos) foi a de que será melhor para Tebet, em caso da vitória de Lula, se ela adotar uma postura de independência em relação a um eventual governo, sem ocupar ministério.

Chegaram a citar o exemplo de Ciro Gomes, que apoiador do petista no segundo turno de 2002, ocupou um ministério e nunca recebeu apoio do PT para disputar a Presidência da República e, hoje, é só mágoa.

Ainda que Tebet decida comandar alguma pasta, acham que ela deve sair do governo a tempo de se lançar para presidente em 2026 com independência.

Os presidentes dos partidos acham que a senadora poderia ter recebido mais votos que os 4,9 milhões que recebeu no dia 2 de outubro, não fosse o perfil eleitoral plebiscitário sobre o governo de Jair Bolsonaro. Ela ocupou o terceiro lugar na disputa com 4,16% da votação.

Acham ainda que 2026 poderá ser seu ano, já que, Lula ou Bolsonaro vencendo a eleição deste ano, o próximo governo será de renovação, já que nenhum dos dois disputará a reeleição —o petista por conta da idade; o presidente por já estar no segundo mandato.