O STF retoma nesta quarta-feira (6) o julgamento da discussão sobre o formato do depoimento de Jair Bolsonaro no inquérito da Corte que investiga a interferência presidencial na Polícia Federal.
Investigado, Bolsonaro, no entendimento do ex-ministro Celso de Mello, não teria direito de prestar depoimento por escrito.
Segundo a coluna Radar, da revista Veja, esse julgamento é o capítulo que antecede a conclusão da apuração aberta a partir de denúncias de Sergio Moro, que pediu demissão do governo alegando ter sido pressionado por Bolsonaro para aparelhar a PF de modo a blindar parentes e amigos de investigações policiais.
Depois de Bolsonaro depor, o ministro Alexandre de Moraes, que relata o caso, terá a fotografia final dessa guerra entre presidente e ex-ministro. Como Bolsonaro e o STF experimentam dias de dedicado armistício, é dado como certo entre ministros da Corte que o Supremo buscará uma solução jurídica que não alimente a pauta de provocações e ataques estimulada por Bolsonaro no 7 de setembro.
Em tese, a Corte pode seguir o entendimento já adotado por Luís Roberto Barroso no caso de Michel Temer, que prestou depoimento no formato mais brando possível.