Chefe da Casa Civil e integrante da coordenação da campanha à reeleição de Jair Bolsonaro (PL), o ministro Ciro Nogueira até que tenta, conforme a Veja, traçar estratégias eleitorais para o atual aliado, mas o presidente sempre acha um jeito de ajudar os adversários.
No sábado, o cacique do Centrão foi às redes sociais rebater uma fala de Lula sobre mandar Bolsonaro para a Ucrânia, que classificou como uma “ironia estudantil” para atacar seu chefe.
“A preocupação com a Ucrânia une toda a humanidade. Mas a politização no Brasil do tema é oportunista. Vamos nos preocupar com a Urânia, um dos quase 70% dos municípios brasileiros com menos de 20.000 habitantes que precisam de políticas públicas do Brasil para os brasileiros? O Brasil já se posicionou perante o mundo. O que temos de fazer, na política interna do Brasil, é resolver os probemas brasileiros e não usar ironias estudantis para atacar o presidente Bolsonaro”, escreveu Nogueira.
Bastou um dia para que Bolsonaro convocasse uma entrevista coletiva, no meio do passeio de Carnaval no Guarujá, na qual debochou do presidente da Ucrânia (“um comediante”), declarou a neutralidade do Brasil diante dos ataques da Rússia, e defendeu seu mais novo melhor amigo Vladimir Putin, que duvidou ser capaz de cometer um massacre sobre os ucranianos. Para completar, o presidente ainda falou sobre um telefonema com o líder russo que nunca existiu e acabou sendo desmentido publicamente pelo Itamaraty.
É mais uma demonstração de que qualquer estratégia de campanha terá como principal adversário o próprio candidato à reeleição.