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Usina hidrelétrica de Furnas, em São José da Barra (MG) Foto: Paulo Whitaker/ Reuters
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terça-feira 12 de abril de 2022 às 19:17h

O contrato da Chesf com suspeito de fraudes no Banco do Brasil

JUSTIÇA, NOTÍCIAS


A Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) teria supostamente negócios mal explicados com a Sices Brasil, empresa de energia fotovoltaica que está no centro de uma investigação da Polícia Federal. Segundo Samuel Nunes, do Bastidor, a estatal comandada pelo governo federal possui ao menos um contrato de R$ 2,4 milhões, cujos detalhes não estão disponíveis no Portal da Transparência.

A Sices Brasil pertence ao engenheiro italiano Leonardo Camillo Curioni. Fundada em 2013, a companhia teve crescimento exponencial ao longo dos anos, chegando a faturar R$ 1,5 bilhão em 2019. Apesar dessa grana, entrou em recuperação judicial logo depois.

Segundo o Portal da Transparência, em 2018 a empresa firmou contrato com a Chesf para vender painéis de energia solar. A página não informa se os pagamentos foram feitos, nem dá detalhes sobre quem assinou o contrato ou se os equipamentos foram entregues pela empresa de Curioni. Apesar disso, o Portal afirma que a Sices recebeu pouco mais de R$ 3 milhões da União, nos últimos três anos.

A Chesf foi procurada na sexta-feira (8) segundo O Bastidor, para fornecer mais detalhes sobre o contrato firmado com a Sices Brasil, mas não respondeu. A Sices Brasil, também não.

Investigação contra Curioni

A Polícia Federal apura a regularidade de dois contratos da subsidiária do Banco do Brasil, a BB Consórcios, com Curioni, que chegam a R$ 200 milhões. Segundo as investigações, os negócios foram feitos para que a Sices adquirisse veículos para a frota própria, mas o dinheiro foi investido na compra de painéis fotovoltaicos.

A investigação policial começou depois de uma auditoria interna revelar as inconsistências no contrato da BB Consórcios com Curioni. O presidente da subsidiária à época, Paulo Rabelo, foi afastado das funções. Em nota, a defesa diz que ele nunca agiu em conflito com os interesses do banco.

“A operação comercial que desencadeou o inquérito ora questionado foi apenas mais uma dentre outras várias, onde, inclusive, se observou estritamente os ditames exigidos pela Lei e pela própria BB Consórcios˜, afirmou o advogado de Rabelo.

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