O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), provocou segundo a coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles, um “climão” na reunião dos chefes de executivos estaduais com o presidente Lula, nesta sexta-feira (27), no Palácio do Planalto.
Após discursar no encontro, Zema recolheu seus objetos e se levantou da mesa, sem pedir licença ou explicar o motivo pelo qual estava abandonando a reunião antes do fim.
Outros governadores criticaram o comportamento de Zema. “Ele está queimando a largada. Como faz isso? Ele precisa de Regime de Recuperação Fiscal”, comentou à coluna um governador, sob reserva.
Sem mal-estar
A assessoria de Zema negou em contato da coluna de Gadelha, sobre qualquer mal-estar e informou que o governador foi embora mais cedo porque tinha um compromisso em Belo Horizonte: o evento de reabertura da Biblioteca Pública Estadual de Minas.
Assessores de Zema ressaltaram que, quando ele deixou a reunião, outros governadores também já tinham ido embora e que o convite para o almoço com Lula no Itamaraty após a reunião teria sido feito de última hora.
Nas eleições deste ano, Zema apoiou Jair Bolsonaro contra Lula no segundo turno. Dos governadores bolsonaristas eleitos, Zema foi o único que não se reuniu reservamente com o presidente após a posse.
Acordo Mariana
Em sua fala na reunião, Zema relatou que está prestes a fechar o acordo de reparação de Mariana, decorrente do rompimento da barragem do Fundão, da mineradora Samarco, empresa controlada pela Vale e BHP Billiton.
O governador mineiro disse a Lula e aos colegas governadores que o acordo deve ser um dos maiores já fechados com uma mineradora e cobrou que a União assine logo a sua parte.