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sexta-feira 31 de dezembro de 2021 às 06:15h

“Nunca vi país rejeitar ajuda de outro. Será que Damares acha que a água da Argentina tem o vírus do comunismo?”, pergunta deputado baiano

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Deputado federal e presidente do diretório do Podemos na Bahia, Bacelar diz que o governo Jair Bolsonaro é insensível e irresponsável e debocha do sofrimento das vítimas da tragédia no estado.

Nos últimos dias, o presidente aproveitou suas férias em Santa Catarina para andar de jet ski e visitar o parque Beto Carrero World. Bolsonaro disse esperar não ter que abreviar sua folga.

“Um governo insensível, irresponsável. As pessoas estão reclamando de que só veem subir e descer avião. Cadê as medidas concretas? Cadê a palavra do presidente sobre isso? Ele se omite, leva no deboche, faz piada com a miséria. Nunca vi tanta irresponsabilidade”, diz Bacelar.

Ele, que foi secretário de Educação em Salvador, critica Bolsonaro por ter rejeitado assistência oferecida pela Argentina. O presidente, que frequentemente critica Alberto Fernández por ser de esquerda, disse que a ajuda não era necessária.

“Nunca vi país rejeitar ajuda de outro. Será que Damares [Alves, ministra dos Direitos Humanos], que já viu Jesus subindo na goiabeira, acha que a água da Argentina tem o vírus do comunismo? Ou algum vírus gay?”, questiona Bacelar.

Bacelar diz que os prefeitos têm procurado os deputados e estão desorientados, queixando-se de que a ajuda federal não chega até eles.

“O prefeito de Mutuípe [Rodrigo Maicon (MDB)] me pediu água mineral. Há prefeitos em primeiro ano de mandato, que não sabem o que fazer”, afirma.

As enchentes destruíram estradas, inutilizaram estoques de medicamentos e vacinas e deixaram mais de 90 mil pessoas desabrigadas ou desalojadas.

“Mostra o despreparo da máquina estatal para enfrentar essas situações. Todo início de ano essas fortes chuvas caem no Brasil. A gente não tem fundo, não tem protocolos prontos para indicar como os governos devem agir. A tragédia chega e pega todo mundo atabalhoadamente. É uma coisa estrutural, algo da máquina pública brasileira. Talvez algo cultural, porque o brasileiro não privilegia a prevenção”, conclui.

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